Parque Natural Morro do Osso

As Unidades de Conservação, denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, são áreas naturais com características especiais, como presença de espécies animais, vegetais e biomas ameaçados de extinção, além de nascentes e cursos de água. A utilização desses espaços restringe-se à preservação, manutenção, utilização sustentável de pesquisa, restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, mantendo o potencial de satisfazer as necessidades e aspirações previstas em lei. Porto Alegre conta com quatro Unidades de Conservação, sendo elas: Parque Natural Morro do Osso, Parque Natural Municipal Saint’Hilaire, Refúgio de Vida Silvestre São Pedro e Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger.


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Instituído pela Lei 9.985 de 18/07/2000, o Parque Natural Morro do Osso está localizado no morro de mesmo nome. Com 143 metros de altura, faz parte da cadeia dos morros graníticos existentes em Porto Alegre, com uma área natural de 220 hectares. Próximo à margem do Lago Guaíba, constitui-se num importante reduto biológico, praticamente isolado pela urbanização dos bairros Jardim Isabel, Tristeza, Camaquã e Cavalhada. Do alto do morro tem-se uma das vistas mais belas do município, com o Lago Guaíba, o Delta do Jacuí, os morros Santa Tereza, Teresópolis, Agudo, da Tapera, das Abertas e o da Ponta Grossa.


Por apresentar uma grande biodiversidade e resquícios de Mata Atlântica, o morro motivou ambientalistas do município, comunidades do entorno, universidades e órgãos públicos a buscar a conservação com a criação da Comissão Permanente em Defesa do Morro do Osso. Em 1979, o parque foi transformado em área de preservação ecológica pelo Plano Diretor da cidade. Em 1990, foi realizado o primeiro passeio ecológico para preservação da área e efetivação do parque. Em 1994, foi criado o Parque Natural Morro do Osso.
 
Flora
Aproximadamente 60% da vegetação natural do Morro do Osso é constituída por formações florestais de dois tipos: a floresta alta e a floresta baixa. O restante, 40%, é constituído por comunidades herbáceas-arbustivas, formadas pelos campos pedregosos e pelas capoeiras e vassourais, característicos do Bioma Pampa.
Na floresta alta e úmida, com forte influência da Mata Atlântica, destacam-se a figueira-purgante (Ficus insipida), a canela-ferrugem (Nectandra oppositifolia), a corticeira-da-serra (Erythrina falcata) e a canela preta (Ocotea catharinensis), espécies ameaçadas de extinção. Além destas, ocorrem espécies com distribuição muito restrita em Porto Alegre, como o sobraji (Colubrina glandulosa).
Nos campos pedregosos, encontramos também espécies raras e ameaçadas de extinção. Entre estas destacam-se a Mandevilla coccínea, a Schlechtendalia luzulifolia, a Dyckia choristaminea e a Parodia ottoniscactos. Nos meses de primavera e verão os campos da Unidade de Conservação são um show à parte, com floração abundante e multicolorida.

Fauna
Levantamento e estudos constataram a existência de grande diversidade de fauna no Morro do Osso. Entre os anuros, destacam-se sapo de cova (Bufo dorbignyi), perereca do banhado (Hyla pulchella), rã crioula (Leptodacylus ocellatus) e rã chorona (Physalaemus gracilis). Entre os répteis encontram-se lagartos de papo amarelo (Tupinambis merianae), lagartixa verde (Teius oculatus), serpente papa-pinto (Philodryas patagoniensis), coral verdadeira (Micrurus altirostris) e jararaca pintada (Bothrops neuwiedi).

Além dessas espécies, no Morro do Osso foram registrados cerca de 65% da avifauna encontrada em Porto Alegre. Pode-se visualizar espécies de mata aberta, de borda de mata e campo, destacando-se o sabiá-ferreiro (Turdus subalaris), juruvia (Vireo olivaceus), pula-pula (Basileuterus culicivorus) e pica-pau (Veniliornis spilogaster). Além disso, o local abriga aves raras, como o gaviãozinho (Accipiter striatus), o gavião-rabo-curto (Buteo brachyurus) e o beija-flor-de-topete (Stephanoxis lalandi).
Alguns mamíferos, como pequenos roedores e espécies raras como o bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) e o ouriço-cacheiro (Sphiggurus villosus) também foram identificadas no local.
 

 
Endereço: Rua Irmã Jacobina Veronese, 170, bairro Jardim Isabel
Telefone: (51) 3289-5070 / 3289-5071
Horário de Funcionamento: terças-feiras às sextas-feiras das 08h às 17h - sábados, domingos e feriados das 08h às 18h
Área: 127 hectares
Inaugurado em: 1994
Visitas orientadas podem ser agendadas pelo e-mail: morrodoosso@smam.prefpoa.com.br

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