Vacinação de rotina em crianças diminui na Capital

30/05/2020 08:13
Anselmo Cunha/PMPA
SAÚDE
Vacinas como tríplice viral e meningocócica C tiveram reduções de 27,3% e 33,4%

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou redução de 18% em média na vacinação de rotina de crianças nos primeiros quatro meses do ano. Vacinas como tríplice viral e meningocócica C tiveram diminuições de 27,3% e 33,4%, ficando acima da média. 

As baixas coberturas vacinais têm sido uma grande preocupação para instituições como Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde e sociedades científicas, situação que se agravou com a pandemia de Covid-19. É o que destaca o médico pediatra da Diretoria-Geral de Vigilância em Saúde, Juarez Cunha. 

“Várias doenças que já estavam controladas ou mesmo eliminadas retornaram, como é o caso do sarampo”, afirma. Conforme Cunha, se não for feita a vacinação de rotina, além do novo coronavírus haverá outras doenças graves que podem acometer a população. São doenças totalmente evitáveis, com vacinas seguras e eficazes oferecidas nos postos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Levantamento do Núcleo de Imunizações comparou o número de doses aplicadas entre janeiro e abril de 2019 e 2020 das vacinas BCG, pentavalente, VIP, pneumocócica 10, rotavírus, meningocócica C, tríplice viral e febre amarela, todas direcionadas a crianças de até um ano. A única que registrou aumento (8,8%) foi a BCG, pois a aplicação é feita na maternidade.

As instituições de saúde preconizam que a vacinação de rotina seja mantida, além da realização das vacinas durante as campanhas, como é o caso da imunização contra a gripe. “Sabemos que a cobertura contra gripe ainda está baixa para crianças, gestantes e puérperas e precisa ser estimulada, mas não só isso, temos que procurar manter a vacinação de rotina de crianças e gestantes, assim como o próprio pré-natal”, explica o médico.

As unidades de saúde estão preparadas para o atendimento, com a separação dos públicos que chegam para vacinação de outros que buscam o serviço por quadro de doença, seguindo orientações e protocolos de distanciamento e higienização preconizados pelo Ministério da Saúde. “Vivemos em um local que, comparado a outros, tem uma situação bem mais tranquila. Então, temos que ir aos postos de saúde, claro que de forma segura e responsável”, orienta. O uso de máscara é recomendado para crianças a partir de dois anos de idade.

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Vanessa Conte

Taís Dimer Dihl