Jennifer Morsch / SMED / PMPA

A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Unidade de Educação Especial Inclusiva, realizou o primeiro Colóquio de Altas Habilidades e Superdotação de Porto Alegre 2025. O encontro ocorreu nesta quarta-feira, 13, no auditório da Smed. A rede pública municipal conta hoje com 56 alunos do ensino fundamental já avaliados e cadastrados com altas habilidades/superdotação.

Ao abrir o debate, que reuniu gestores, educadores, pesquisadores, estudantes e suas famílias, o secretário de Educação, Leonardo Pascoal, falou do desafio de identificar de maneira adequada e atender com qualidade estes estudantes. "Este é um momento importante de reflexão, troca de experiências e planejamento do processo de ensino para que possamos avançar enquanto rede e aprimorar o atendimento a estes alunos que têm o direito de se desenvolverem em todas as suas potencialidades, desde a parte pedagógica, até as competências socioemocionais", afirmou.

A coordenadora da Unidade de Educação Especial Inclusiva, Renata Ribeiro Pardal, reforçou que o desafio é diário e permanente para romper com estigmas, acolher e estruturar da melhor forma o atendimento aos estudantes com altas habilidades/superdotação, além de prestar suporte e apoio às famílias. 

A programação contou com palestras sobre temas relacionados à inclusão, mitos sobre as altas habilidades/superdotação, trocas de experiências pedagógicas e depoimentos dos estudantes atendidos nas Salas de Integração e Recursos (SIRs) instaladas em escolas da rede de ensino.

Experiências - O estudante João Pedro Bravo Rozado, 11 anos, do 7º ano da Emef Lauro Rodrigues, no bairro Passo das Pedras, falou do processo de avanço de série que permitiu que passasse do 4º para o 6º ano. Campeão estadual de xadrez em 2024, contou que se sente integrado e acolhido na escola. "Mesmo sendo o mais novo da turma, me relaciono bem com todos os colegas e professores. Participo do projeto de xadrez e minha matéria preferida é matemática", contou.

A mãe do estudante, Liliane Rozado, disse que desde cedo percebia que o filho tinha um ritmo acelerado de aprendizagem e precisava de suporte adequado. Por meio de uma matéria em um jornal de Porto Alegre, conheceu os projetos da Emef Lauro Rodrigues, em especial para o atendimento a crianças com altas habilidades/superdotação. "O João ingressou na Lauro Rodrigues no 4º ano e, desde então, muitas capacidades que precisavam ser exploradas e identificadas por um olhar mais atento, foram desenvolvidas. Recebemos todo o suporte da escola. Estou muito satisfeita com os avanços e o progresso no seu desempenho", disse.