Vigilância Ambiental realiza ação de busca ativa por escorpiões amarelos na Ceasa-RS

16/07/2025 14:17
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Ação foi liderada pela Vigilância Ambiental do Município

Na noite de terça-feira, 15, foi realizada uma operação noturna nas Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa-RS), que resultou na identificação de dois escorpiões amarelos mortos. A ação envolveu uma varredura em diferentes pontos do local, com o objetivo de mapear focos da espécie e conter sua disseminação. O escorpião amarelo é conhecido pelo veneno altamente tóxico e representa um risco significativo à saúde humana.

A atividade foi feita pela Diretoria de Vigilância em Saúde e a Unidade de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com as Vigilâncias Ambientais do Rio Grande do Sul e dos municípios de Esteio e Sapucaia do Sul.

A busca ativa por escorpiões amarelos contou com o apoio logístico dos funcionários da Ceasa, e integra os esforços contínuos da SMS para monitorar e controlar a população de escorpiões em áreas urbanas. A escolha da Ceasa/RS — um dos principais centros de distribuição de alimentos do Estado — se deu devido ao risco aumentado de infestação em locais com grande circulação de pessoas e acúmulo de resíduos orgânicos.

O escorpião amarelo possui um veneno muito tóxico. Sua picada é extremamente dolorosa e pode causar complicações graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Em casos mais graves, a vítima pode morrer em poucas horas. A SMS reforça que, em caso de picada, é fundamental procurar atendimento imediato no Hospital de Pronto Socorro, único local da cidade com disponibilidade de soro antiescorpiônico.

A espécie exige atenção especial também por sua biologia: composta exclusivamente por fêmeas, o escorpião amarelo se reproduz por partenogênese — ou seja, sem necessidade de machos. Cada fêmea pode viver até quatro anos e gerar até 160 filhotes ao longo da vida, o que torna essencial a adoção de medidas preventivas para controle da população.

Medidas preventivas:

  • Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos ou recipientes bem fechados, evitando a presença de insetos que servem de alimento aos escorpiões.

  • Combater a proliferação de baratas. Se for utilizar pesticidas, prefira formulações em gel ou pó, aplicadas por empresas especializadas.

  • Sacudir e examinar roupas e calçados antes de usá-los.

  • Não colocar as mãos sem luvas em buracos, sob pedras, troncos podres ou dormentes.

  • Utilizar soleiras em portas e janelas, e instalar telas em ralos, pias e tanques.

  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e entre o forro e a parede.

  • Consertar rodapés soltos.

  • Afastar camas e berços das paredes.

  • Evitar que roupas de cama ou mosquiteiros toquem o chão.

  • Não pendurar roupas nas paredes.

  • Preservar inimigos naturais dos escorpiões, como corujas, lagartos e sapos.

  • Manter quintais e jardins limpos, evitando o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo ou materiais de construção. Usar calçados e luvas nas tarefas de limpeza.

  • Evitar folhagens densas (como trepadeiras, bananeiras e arbustos) junto a muros e paredes. Manter a grama sempre aparada.

  • Informar a necessidade de limpeza de terrenos baldios vizinhos ao serviço 156.

  • Ao visualizar um escorpião, acione o 156. Equipes do Núcleo de Fiscalização Ambiental farão o atendimento e prestarão as orientações necessárias.

  • Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde.

Giovanna Rosito (estagiária) / Supervisão: Carolina Zeni

Tatiana Bandeira