Operações integradas buscam reduzir e evitar acidentes com motocicletas

16/12/2019 16:15
EPTC/PMPA
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Até novembro, houve 160 ações de controle e conscientização nos mais diversos espaços da Capital

De janeiro a novembro deste ano, 3.097 motocicletas se envolveram em acidentes que resultaram em 42 vidas perdidas e 2.863 feridos em Porto Alegre. Este número representa 64 % do total de mortes no trânsito no período, na Capital. Entre as vítimas, 12 mortes foram com envolvimento de motociclistas que não possuíam Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Somente no mês de novembro, foram registrados dois óbitos, 24 atropelamentos e 285 feridos em mais de 300 acidentes com motocicletas.

“Estes números começaram a se destacar desde o início do ano, e por esta razão temos realizado diversas ações educativas e de fiscalização, com o objetivo de conscientizar a população para uma circulação segura e com menor riscos”, diz Paulo Ramires, diretor de Operações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Para prevenir a acidentalidade nesses 11 meses do ano, as equipes de fiscalização realizaram 135 blitze com foco em motociclistas (41% do total de 327 operações), em ações integradas com a Ronda Ostensiva Municipal (Romu)  Guarda Municipal de Porto Alegre, Brigada Militar, Polícia Civil e o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran). Foram identificadas irregularidades que resultaram no recolhimento de 3.500 motos e de 931 carteiras de habilitação, por estarem vencidas, suspensas ou cassadas. Apenas em novembro, foram recolhidas 105 motos e apreendidos 58 certificados de registro e licenciamento de veículos (CRLV) e 28 carteiras de habilitação. 

A Coordenação de Educação para a Mobilidade (CEM) da EPTC promoveu, até novembro, 160 ações envolvendo motociclistas nos mais diversos espaços (empresas privadas, centros de formação de condutores, revendas de motos e ruas) em conjunto com o projeto Motociclista Seguro, do Programa Vida no Trânsito (PVT), e em parceria com o Detran e a Secretaria Municipal da Saúde. Também vêm sendo oferecidos cursos gratuitos não presenciais, como o Motociclista Consciente, na plataforma de ensino à distância (eptc.eadplataforma.com). Por meio da tecnologia, é possível multiplicar os conhecimentos sobre a condução segura de motocicletas, situações de risco e direção defensiva, para contribuir com a diminuição do número de acidentes. 

“Temos que trabalhar pela conscientização para uma circulação com menos riscos e mais respeito entre as pessoas. De acordo com os estudos do PVT, o uso de álcool e drogas, imprudência, desrespeito à sinalização, excesso de velocidade e dirigir sem habilitação são fatores presentes em grande parte dos casos de vítimas fatais no nosso trânsito”, destaca Diego Marques, coordenador da CEM. Os dados são da Coordenação de Indicadores e Engenharia de Tráfego (Ciet).

Motociclista Seguro - Com base nos dados do Programa Vida no Trânsito (PVT), que identificou os motociclistas como as principais vítimas no trânsito de Porto Alegre, foi proposta em 2018 a criação do Programa Motociclista Seguro, desenvolvido em quatro eixos: comunicação, educação, engenharia e fiscalização. Os objetivos são reduzir o número de acidentes fatais e de feridos graves envolvendo motociclistas, contribuir para a mudança de percepção dos demais usuários das vias públicas e sensibilizar os próprios motociclistas sobre a importância da percepção de risco e autocuidado no trânsito.

Uma das etapas desse trabalho é propor às revendas de motocicletas a capacitação de seus colaboradores para adotarem um discurso em sintonia com o objetivo do programa nos momentos de contato com os clientes. As empresas são incentivadas também a criar ações próprias de conscientização.

  

 

Gustavo Roth

Fabiana Kloeckner