Saúde atualiza números da dengue na cidade

03/04/2019 09:34
Patricia Coelho / Divulgação PMPA
SAÚDE
Prefeitura realizou 14 ações para pulverização de inseticida no bairro

Porto Alegre tem confirmação de 24 casos de dengue até 30 de março. Do total, cinco são casos importados e 19, autóctones (contraídos na própria cidade). Os casos autóctones são todos do bairro Santa Rosa de Lima, na zona Norte, desencadeando ações integradas da prefeitura no sentido de interromper ou diminuir a transmissão viral na região. 

Os pacientes com confirmação de infecção fora da cidade têm histórico de viagem a Fernando de Noronha/PE (2), Belém do Pará/PA (1), Betim/MG (1) e Vitória/ES (1). Um caso importado de infecção por vírus chikungunya também foi confirmado na Capital, em paciente que viajou para o Rio de Janeiro. Os casos importados foram registrados em moradores dos bairros São João, Arquipélago, Vila Ipiranga, Santana e Ipanema (dengue) e Higienópolis (chikungunya).

Os dados foram divulgados nessa terça-feira, 2, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Para conter a transmissão viral na zona Norte, desde a confirmação do primeiro caso de dengue no bairro Santa Rosa de Lima, a prefeitura, com coordenação da SMS, tem realizado ações integradas no bairro. De acordo com a gerente distrital de Saúde da Região Norte-Eixo Baltazar, Bárbara Cristina de Azevedo Lima, mais de 800 residências foram visitadas por agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, com supervisão da enfermeira Marilene Lopes Vieira, assessora distrital da região. 

“O objetivo foi identificar e eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti e busca ativa de casos sintomáticos não notificados”, explica Bárbara. “Além disso, em parceria com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, são realizadas ações para remoção de entulhos e lixo acumulado e revisão de bueiros e bocas de lobo entupidas”, ressalta a gerente. Comércios de reciclagem também estão sendo fiscalizados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.  

Saúde – A SMS já realizou no bairro 14 ações para pulverização de inseticida, que abrangeram 1.578 imóveis. O objetivo, explica o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior, é diminuir a população de mosquitos no bairro, com consequente diminuição do risco de contaminação de fêmeas (que se infectam ao picar uma pessoa com o vírus) e da continuação do ciclo de transmissão viral.

Fiscalização ambiental – Entre 18 de março e 1º de abril, a Equipe de fiscalização ambiental da SMS vistoriou 398 locais do bairro, entre residências, empresas e comércio, com emissão de oito notificações para adequação de procedimentos ou eliminação de criadouros.

Armadilhas – A Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) iniciou nessa terça-feira, 2, as vistorias em armadilhas de monitoramento do Aedes aegypti no bairro Santa Rosa de Lima. Os resultados poderão ser acompanhados em tempo real pelo site. “No local, foram instaladas 17 armadilhas, que permitirão verificar o índice de infestação semanal do mosquito, permitindo uma intervenção mais específica de controle vetorial”, explica Kunz Júnior. Todas as fêmeas de Aedes aegypti encontradas nas armadilhas serão coletadas e enviadas para análise laboratorial em Minas Gerais. Em caso de confirmação de infecção por vírus da dengue, novas operações de inseticida serão realizadas no local.

Sintomas – A SMS alerta a população do bairro que, em caso de sintomas compatíveis com a dengue – febre, dor no corpo, náuseas, vômitos, falta de apetite, dor atrás dos olhos, entre outros, procure a unidade de saúde mais próxima, referindo ser morador de bairro com transmissão autóctone da doença. “Isso pode gerar um diagnóstico mais ágil e rápido”, explica o diretor da CGVS, Anderson de Lima. Pessoas com suspeita de dengue têm sangue coletado para realização de exame laboratorial. Dependendo do resultado, novos exames são realizados.

  

 

Patrícia Coelho

Gilmar Martins

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