Porto Alegre receberá nova tecnologia para controle do mosquito Aedes aegypti

19/08/2025 13:31

Porto Alegre é um dos municípios brasileiros que vai receber as Estações Disseminadoras de Larvicidas para utilizar a partir do final do inverno, início da primavera. O período marca o início do aumento de infestação do mosquito Aedes aegypti. Quatro bairros da Capital receberão as armadilhas: Passo das Pedras, Bom Jesus, Vila João Pessoa e Vila São José. As regiões foram escolhidas por critérios técnicos e pelo histórico de casos de dengue nos anos mais recentes. 

O projeto é desenvolvido pelo Ministério da Saúde, através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Técnicos da Fiocruz e do Ministério da Saúde capacitaram agentes de combate a endemias, profissionais da Diretoria de Vigilância em Saúde do município de Porto Alegre, Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e 1ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul nestas segunda e terça-feira,18 e 19 de agosto. 

Técnica segura - As estações são potes plásticos com uma tela interna impregnada com larvicida em pó que impede o desenvolvimento da fase larval do vetor, inibindo a transformação em indivíduo adulto - mosquito. A concentração do larvicida utilizado é extremamente baixa, tornando a técnica segura para população humana e animal. A armadilha conta com espaço para colocar água e, assim, atrair mosquitos. Quando o mosquito entra na armadilha para depositar os ovos, tem contato com o larvicida. Como os mosquitos procuram vários criadouros para depositar os ovos, os insetos levam o larvicida para outros criadouros, impedindo que as larvas se desenvolvam e diminuindo a infestação do mosquito adulto.

As armadilhas serão instaladas em parceria da Diretoria de Vigilância em Saúde com as comunidades dos bairros contemplados. Os locais de instalação ainda serão definidos. "A colaboração de proprietários de imóveis será fundamental para o bom resultado do projeto", diz o biólogo Tiago Fazolo, da vigilância ambiental.

As armadilhas serão instaladas por agentes de combate a endemias e técnicos da vigilância do município, que visitarão os imóveis uma vez por mês para verificar o nível de água do pote e trocar a tela impregnada com o larvicida. Semanalmente, as pessoas responsáveis pelo imóvel podem complementar o nível da água. O larvicida que é aplicado na tela tem princípio ativo o piriproxifem 0,5%.

Patrícia Coelho

Tatiana Bandeira