Seminário debate sobre migração e identidade nacional

30/06/2022 08:40

  

Cristine Rochol/PMPA
SMS
Rio Grande do Sul tem cerca de 90 mil imigrantes atualmente

Nesta quinta-feira, 30, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) promove o Seminário Migração – Histórias e Identidades, das 14h às 17h, na Unisinos – Campus Porto Alegre (av. Dr. Nilo Peçanha, 1600). O evento celebra o Dia do Migrante, 19 de junho, e é realizado em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Associação das Cidades Educadoras e o Conselho Municipal de Atenção aos Imigrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas de Porto Alegre (Comirat-POA).

O seminário é gratuito, aberto ao público em geral e propõe uma reflexão sobre o contexto histórico da migração, seus impactos no mundo e no Brasil. Segundo o coordenador da Unidade de Povos Indígenas, Imigrantes, Refugiados e Direitos Difusos da SMDS, Mário Fuentes Barba, o reconhecimento da miscigenação no país é um dos caminhos para combater o preconceito e a xenofobia. “A nossa identidade é resultado do processo migratório. O Brasil é a nação de muitos povos”, reflete.

O encontro terá três palestrantes: o coordenador do Escritório da OIM no Rio Grande do Sul, Iurque Pinheiro da Rocha, o coordenador do Núcleo de Estudos em Culturas Afro-Brasileira e Indígenas da PUCRS, Edison Hüttner, e a coordenadora de Direitos e Promoção de Igualdade Racial da SMDS, Adriana Santos.

No Estado – De acordo com o levantamento da Polícia Federal, o Rio Grande do Sul tem cerca de 90 mil imigrantes registrados. Nos últimos três anos, a maioria dos ingressos tem sido de haitianos (30%), uruguaios (25%) e venezuelanos (19%). Em Porto Alegre, a estimativa é de 30 mil imigrantes de diversas nacionalidades. 

Ainda não há dados oficiais, mas está se verificando também um movimento de retorno de alguns imigrantes que residiam em Porto Alegre. Segundo estimativa do Cibai Migrações, missão da Igreja Católica que atua em conjunto com a Paróquia da Pompéia, 4 mil imigrantes que haviam se instalado na Região Metropolitana partiram para os Estados Unidos nos últimos seis meses. A projeção inclui senegaleses, haitianos, venezuelanos, cubanos e outras nacionalidades.

Eduarda Alcaraz

Andrea Brasil

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