Moradores lotam espaços para participar do Plano Urbanístico Ambiental das Ilhas
Cerca de 180 moradores lotaram a sede da Colônia de Pescadores Z-5, na Ilha da Pintada, na manhã deste sábado, 29, para participar da oficina que discute o novo Plano Urbanístico e Ambiental da região das ilhas, liderado pela Universidade TU Delft da Holanda.
Na noite anterior, mais de 120 pessoas da Ilha Grande dos Marinheiros também tiveram o primeiro contato com os pesquisadores que irão desenvolver um estudo para apontar intervenções a serem realizadas para melhorar a qualidade de vida e a proteção dos moradores dos bairro Arquipélago (Pintada, Grande dos Marinheiros, das Flores, do Pavão e Mauá).
“O Delta do Jacuí tem um contexto de condições extremas. Então é muito importante que o projeto seja desenvolvido com união e conhecimento de todos. Queremos entender qual é o histórico, os valores, a identidade tão única das ilhas e, a partir desse entendimento, projetar ações futuras para melhorar a qualidade de vida de todos”, afirma a coordenadora geral do projeto e professora de projeto urbano na universidade holandesa, Taneha Bacchin.
“Há muito tempo precisamos ter um olhar diferenciado para o bairro Arquipélago, porque ele não se iguala a nenhum outro bairro da cidade. Esse projeto nos traz a esperança para garantir nossos equipamentos de atendimento, os equipamentos sociais e garantir principalmente a tranquilidade dos moradores”, defende a moradora Beatriz Gonçalves Pereira.
Participaram do encontro a secretária adjunta do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Júlia Zardo, a diretora de Planejamento Urbano, Patrícia Tschoepke, a juíza Patrícia Laydner, a promotora Annelise Steigleder e representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Reconstrução – O Plano Urbanístico e Ambiental faz parte do programa Porto Alegre Forte da prefeitura e será desenvolvido em cooperação do Município com a Universidade TU Delft e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em fevereiro, o prefeito Sebastião Melo esteve na TU Delft, nos Países Baixos, e se reuniu com a coordenadora Taneha Bacchin para definir as diretrizes do trabalho. Serão considerados aspectos como adaptação às mudanças climáticas, recuperação ambiental e regularização fundiária, buscando garantir parâmetros de resiliência, mitigar riscos de enchentes e proporcionar melhores condições de vida para a população.
Desde quinta, a equipe da Holanda e parceiros locais tiveram diversas reuniões com representantes da comunidade e técnicos da prefeitura para compartilhar informações sobre o formato do trabalho, cronograma, canais de comunicação, metodologia do projeto, entre outros pontos.
Gilmar Martins