Festa e homenagem para Seu Juvenal, taxista mais antigo do Brasil
Após estacionar seu táxi, um Celta prefixo 4284, na área da Rodoviária, próximo ao local da festa preparada pelos colegas do ponto para comemorar 97 anos de “uma vida muito boa e tranquilaâ€, Juvenal Cunha da Silveira fez questão de anunciar a todos os presentes: “Me aposentar, nem pensar. E outra coisa: para um velho como eu, acho que estou muito bemâ€. Ele é o taxista em atividade mais antigo do Brasil.
Seu Juvenal, como é carinhosamente chamado pelos amigos, dividiu com prazer e alegria o imenso bolo de aniversário com dezenas de pessoas, taxistas e, também, diversos curiosos diante do ambiente festivo. Só na profissão, são 58 anos, sem multas ou reclamações registradas em sua ficha funcional na prefeitura, motivo de uma justa homenagem recebida da EPTC, com a entrega de um cartão especial de parabenização por intermédio do gerente de fiscalização de transporte da empresa, Adailton Anael Maia.
Amigos - “Ele permanece sendo a nossa maior relÃquiaâ€. É assim que Ademir Niffa, supervisor do ponto da Estação Rodoviária considera o “Seu Juvenalâ€. E reforça, em nome dos amigos: “Sua presença entre nós é uma verdadeira benção para todos os seus 800 colegas aqui do nosso ponto. Ele é uma pessoa muito especial para a categoria, certamente sua segunda famÃlia. Tem gente que até vem de outras cidades só para fazer uma foto ao lado dele. Continua sendo uma verdadeira atração turÃstica da cidadeâ€, acrescenta.
Familiares - Na festa, o neto Felipe, estudante, 27 anos, acompanhado de sua mãe, Rosângela, e de Maria Elci, tia, novamente repetiu o que sempre faz questão de falar sobre o seu avô: “Com o táxi, criou seus dois filhos. Nunca teve preguiça para trabalhar e, mesmo viúvo há 11 anos, não esmoreceu. É um orgulho para nós. Está muito bem de saúde pois se alimenta com moderação, dorme cedo, pelas 20h, e acorda pelas 6h. E continua trabalhando, mas fazendo poucas corridas, e curtasâ€.
Receita - Natural de Nova Santa Rita, Juvenal iniciou no táxi na Capital em 1960, dirigindo um Pontiac, com ponto na avenida Presidente Roosevelt, Zona Norte. No final da festa, feliz com as homenagens recebidas, entre muitas fotos e abraços, fez questão de comentar sobre a receita para continuar com plena saúde e firme na profissão: “É fácil, sem nenhum mistério: sempre gostei de trabalhar. Não bebo, nem fumo. Não me atrito com ninguém. Levo a vida sem pressa E, no trânsito, respeito as leis. Simples assimâ€.
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Gilmar Martins