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Cenário epidemiológico leva Capital a regressar ao nível zero no Plano de Contingência da Dengue

A redução sustentada no número de casos, associada à sazonalidade da doença e aos baixos índices de infestação vetorial, levou ao retorno ao nível zero do Plano de Contingência de Arboviroses municipal. Desta forma, seguem mantidas as medidas de controle e vigilância de dengue, zika e chikungunya, e encerra-se a publicação semanal de boletins epidemiológicos.
12/07/2022 18:46

Porto Alegre voltou ao nível zero do Plano de Contingência da dengue, devido à melhora na situação epidemiológica da doença na cidade. O Boletim semanal divulgado nesta terça-feira, 12, pela Diretoria de Vigilância em Saúde de Porto Alegre, apresenta revisão no número de casos confirmados da doença, com redução no número total de casos autóctones confirmados até 9 de julho. Segundo dados da vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde da Capital, são 2.994 casos contraídos na cidade.

A redução sustentada no número de casos, associada à sazonalidade da doença e aos baixos índices de infestação vetorial, levou ao retorno ao nível zero do Plano de Contingência de Arboviroses municipal. Desta forma, seguem mantidas as medidas de controle e vigilância de dengue, zika e chikungunya, e encerra-se a publicação semanal de boletins epidemiológicos.

O dado acumulado do ano é de 5.366 notificações de suspeitas feitas à vigilância epidemiológica, com 3.201 casos confirmados (59,5%), dos quais 2.994 foram contraídos em Porto Alegre (autóctones) e 207 são importados ou têm o local provável de infecção indeterminado. Neste ano, foram registrados quatro óbitos devido à doença. Os dados estão sujeitos à revisão e incluem informação até 9 de julho.

Em relação à chikungunya, foram notificadas seis suspeitas, das quais cinco foram descartadas e um caso, importado, foi confirmado. De zika, foram três notificações de suspeita, todas descartadas em exames laboratoriais.

Embora haja confirmação de casos em toda a cidade, nove bairros registram maior incidência da doença no decorrer do ano: Jardim Carvalho e Bom Jesus, e, na ordem de incidência de casos, Partenon, Vila São José, Vila Nova, Ipanema, Vila Jardim, Morro Santana e Cristal.

Além da confirmação dos casos, o Boletim da Semana Epidemiológica 26 traz dados sobre a infestação do mosquito Aedes aegypti, resultantes do monitoramento do Aedes feito pela prefeitura. Nesta semana, todos os 45 bairros monitorados com armadilhas têm infestação classificada como baixa e um, moderada. A partir da próxima semana, e por um período aproximado de 50 dias, não haverá monitoramento, devido ao ajuste na territorialização das armadilhas nos bairros monitorados.

Leia mais sobre o ajuste das armadilhas

Vigilância em Saúde ajusta distribuição de armadilhas de monitoramento de Aedes aegypti

Número de unidades permanecerá o mesmo; intenção é garantir cobertura total dos 45 bairros monitorados.
11/07/2022 09:03

A partir desta segunda-feira, 11, o sistema de monitoramento de armadilhas do mosquito Aedes aegypti passará por ajuste em Porto Alegre. O processo deve ser realizado ao longo de um período de 50 dias. A previsão da Diretoria de Vigilância em Saúde é que o monitoramento do sistema com as 910 armadilhas, nos 45 bairros da cidade em que estão instaladas as unidades, seja retomado no final de agosto. 

A reorganização será feita pela instalação das armadilhas nos territórios, com um espaçamento de 300 metros entre uma armadilha e outra, garantindo cobertura total dos bairros pelo sistema. No início do monitoramento, há 10 anos, a distância era de 250 metros. “A intenção é garantir a cobertura integral dos 45 bairros onde há armadilhas instaladas”, explica a diretora da DVS, Fernanda Fernandes. 

Na prática, das 910 armadilhas atuais, 285 permanecerão instaladas no mesmo local. As demais serão remanejadas. O monitoramento somente será retomado quando todo o trabalho estiver finalizado. 

Para fazer o monitoramento, a prefeitura conta com a parceria de moradores e comerciantes nos bairros. “Com a reordenação da malha de armadilhas, será retomado o processo de contato com a comunidade, visando ao aceite em receber um equipamento”, explica Fernandes. 

Sete agentes de monitoramento, um supervisor de campo e uma bióloga serão responsáveis pela realização do serviço. As armadilhas desativadas serão limpas e nelas será colocado um larvicida biológico  - BTi (Bacillus Thuringiensis Var. Israelensis) - que inibe o desenvolvimento das larvas dos mosquitos. Por ser biológico, não é tóxico para seres humanos e animais domésticos.

O remanejo será realizado nesta época do ano devido à baixa infestação do mosquito Aedes aegypti, e já em preparo para a temporada da sazonalidade do vetor e de maior probabilidade de ocorrência de casos de dengue na cidade - a partir do meio do segundo semestre. Em 2022, Porto Alegre enfrentou o registro do maior número de casos de dengue em toda a série histórica da doença na Capital. De acordo com o Boletim semanal divulgado na terça-feira, 6, são 3.208 casos confirmados de dengue na cidade, dos quais 2.999 foram contraídos em Porto Alegre.

Patrícia Coelho
Andrea Brasil

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