Robson da Silveira/SMS PMPA

Roda de samba, hip hop, arte de circo, bolhaterapia e dança circular integram a programação da Virada Cultural no Céu Aberto, nesta quarta-feira, 18. Dedicado a acolher, entreter e interagir com a população em situação de rua usuária de álcool, crack e outras drogas, o evento é uma iniciativa do Centro de Atenção Psicossocial – Caps AD IV Centro Céu Aberto, na rua Comendador Azevedo, 97, bairro Floresta, e ocorre até as 22h.

Também integram as atrações oficinas de batucada e dança circular, palco aberto (com desfile), circo Enquanto Tiver Amor, roda de poesia e perna de pau. Além de fortalecer o vínculo com a população que vive naquele entorno e potencializar as ações de cuidado, as atividades valorizam as habilidades artísticas dos profissionais da saúde mental que atuam no espaço - eles elaboraram e vão conduzir as oficinas e apresentações.

O Caps IV AD Céu Aberto está sob gestão da Associação Educadora São Carlos (Aesc), com monitoramento, avaliação e financiamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). É um serviço estratégico e faz parte do Plano Municipal de Superação da Situação de Rua e do Plano Municipal de Saúde Mental de Porto Alegre. Com médico psiquiatra e ampla equipe assistencial, o local recebe, 24 horas por dia, a população em situação de rua relacionada ao uso de crack, álcool e outras drogas. É o primeiro dessa modalidade no Brasil.

Esse serviço pioneiro no país foi inaugurado em março de 2019 e, nos primeiros nove meses de atuação, tem cerca de mil pessoas cadastradas. A Virada Cultural no Céu Aberto, de acordo com a coordenadora do Caps AD IV, Danara Dall Agnol, foi idealizada para celebrar o momento vivido em dezembro de 2018, quando um grupo multidisciplinar concluiu a oficina de cocriação do novo serviço organizando um evento a céu aberto, no mesmo local.

O Caps IV é resultado da participação de representantes do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, de integrantes do jornal Boca de Rua, de usuários da estrutura dos Caps III, de profissionais de saúde mental, da prefeitura e de arquitetos identificados com a proposta.