Porto Alegre amplia leitos e ajusta rede de saúde

21/02/2021 09:32

Já estão em funcionamento desde este sábado, 20, mais 80 leitos para melhorar a capacidade de absorção de emergências. Nos próximos dias a prefeitura vai disponibilizar ainda mais quase cem novos leitos. O incremento faz parte da estratégia do Executivo Municipal para enfrentar o aumento na demanda de leitos clínicos e de UTI nas últimas semanas. A elevação das internações de pacientes Covid-19 no Estado impacta especialmente na Capital, que é polo referência e acaba absorvendo grande número de pacientes do interior e da região metropolitana. Hoje, mais de 60% das internações no município são de moradores de outras cidades.

A determinação do governo estadual, estabelecendo Bandeira Preta para Porto Alegre e outros municípios vizinhos a partir de terça-feira, tornou ainda mais intenso o esforço para ampliar a disponibilidade de leitos na Capital. O secretário de Saúde, Mauro Sparta, iniciou, ainda durante a semana, negociações com a rede hospitalar para ampliar a oferta de leitos.

"Todos estes esforços nos possibilitam enfrentar este momento crítico com mais eficiência e segurança", afirma o Secretário Mauro Sparta.

Como resultado deste esforço, Porto Alegre conta desde este sábado, 20, com mais dez leitos de UTI e 70 leitos clínicos, ofertados pelo Hospital Porto Alegre. Estão em fase final de contratação outros dez leitos UTI e 62 clínicos no Beneficência Portuguesa, para ingresso na rede o mais rápido possível.

Outros hospitais estão aumentando a oferta de leitos: a Santa Casa disponibilizará mais dez leitos de UTI; o Hospital de Clínicas outros dez agora, e mais dez na sequência. Os hospitais Cristo Redentor e Conceição ainda estão definindo com quantos leitos irão reforçar a rede de atendimento.

Regulação de pacientes

Fica suspensa a realização de cirurgias eletivas que não tem característica de urgência e que não tragam prejuízo para a saúde dos pacientes em curto prazo. A Regulação (encaminhamento  dos pacientes aos hospitais) está monitorando incessantemente a rede de atendimento (emergências, UPAs, etc) e alocando os pacientes conforme a situação cada caso. Pacientes que chegam numa UPA, por exemplo, e necessitam de atendimento de alta complexidade são direcionados para hospitais com esta capacidade. Já um paciente que chega na emergência de um hospital de alta complexidade, mas que não tem necessidade deste nível de atendimento, são destinados a um hospital mais adequado ao seu caso, possibilitando uma administração melhor das UTIs.

Ricardo Azeredo

Elisandra Borba