Hospital Presidente Vargas celebra 66 anos
O Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV) completa 66 anos nesta quinta-feira, 24. A data é celebrada pelos gestores, profissionais da saúde, pacientes, prestadores de serviços, representantes do projeto POA Solidária e convidados durante todo o dia. Na abertura do encontro da manhã, o secretário-ajunto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Natan Katz, destacou a importância da celebração: “É importante participar de momentos como este e ver o que está sendo feito todo dia para milhares de pessoas que precisam de atendimento em nossa cidade”.
O HMIPV surgiu em 1953 como um hospital geral, condição mantida até 2 de janeiro de 1978, quando foi transformado em materno-infantil, tornando-se uma referência regional já na década de 1990. O processo de municipalização foi concretizado no ano 2000 e desde então é administrado pelo município, prestando atendimento 100% SUS à população. Desde 2000 é reconhecido como “Hospital Amigo da Criança”, reconhecimento renovado a cada ano desde então.
De acordo com Adriani Galão, diretora-geral do HMIPV, a missão do hospital é prestar assistência na área materno-infantil e de saúde mental, com ênfase em situações de violência e vulnerabilidade. “Busca oferecer assistência de média e alta complexidade, com qualidade, humanismo e ética, articulada com a rede de saúde, assim como, desenvolver atividades de ensino e pesquisa, visando a transformar-se em centro de excelência e referência para Porto Alegre e Região Metropolitana”, explica. Para ela, “a alma deste hospital são os servidores”.
O hospital Presidente Vargas ocupa uma área nobre, no bairro Independência, com entrada principal da área ambulatorial pela avenida Independência, 661, e entrada para o atendimento de urgência e emergência em Pediatria e Obstetrícia pela rua Garibaldi.
Atualmente, mantém vários programas especiais nesse perfil de atendimento. Entre eles, pré-natal de alto risco para grávidas com patologias diversas, como hipertensão e diabetes, entre outras e atendimento em Medicina Fetal. Também possui programa integral à gestante adolescente (Paiga), programa de acompanhamento dos distúrbios de deglutição, laboratório especializado de triagem neonatal, no qual é realizado o teste do pezinho com cobertura em torno de 90% das crianças do estado do Rio Grande do Sul, com posterior atendimento das crianças afetadas por equipe multidisciplinar.
O hospital ainda conta com o Serviço de Atenção Integral a Saúde Sexual (Saiss) que atende também, como hospital referência, as interrupções de gestação em situações permitidas por lei. No local é mantido o maior e mais antigo serviço do Brasil de atendimento de crianças vítimas de violência sexual que é o Centro de Referência em Atendimento Infanto-Juvenil (Crai), com atendimento médio de 160 a 180 casos de crianças com suspeita de violência sexual.
A diretora-geral destaca um serviço recente: a criação, em 2018, do ambulatório de anticoncepção e vulnerabilidades, em parceria com a área técnica da saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Um atendimento com alta relevância social, que oferece a usuárias de Porto Alegre inclusive métodos contraceptivos reversíveis de longa duração, como implantes subdérmicos e DIUs medicados ou não, evitando uma gravidez indesejada, com todas as conhecidas consequências que possam ocorrer na vida destas pessoas”, explica. O serviço atende mulheres que não desejam engravidar ou que não tenham se adaptado a outros métodos contraceptivos, com história de sífilis na gestação recente, sífilis no bebê, diagnóstico de patologia mental, usuária de drogas, usuárias em situação de rua e adolescentes (10-19 anos).
Os números crescentes atestam a importância do hospital para a cidade. O ano de 2018 acabou com oferta média ao mês de 120 leitos, 670 internações e 6,7 mil consultas mensais nas especialidades de pediatria, ginecologia, obstetrícia, psiquiatria entre outras. Em média, foram feitos no hospital 180 partos e 200 cirurgias ao mês.
Gilmar Martins