Alex Rocha/PMPA

Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, técnicos, agentes de combate a endemias, de fiscalização e comunitários de saúde, subprefeituras e lideranças comunitárias das zonas Sul, Norte e Leste promoveram atividades contra a dengue na manhã deste sábado, 23, nos respectivos territórios. Foram mais de mil casas, 20 condomínios e 180 ruas vistoriados por mais de cem profissionais. As ações contra a doença seguem fluxos já pré-estabelecidos pela Prefeitura de Porto Alegre. 

Com apoio dos militares e presença do prefeito Sebastião Melo, as equipes da Zona Leste iniciaram o roteiro na Unidade de Saúde Vila Vargas. O roteiro seguiu pelo bairro São José, que faz parte do distrito de saúde Partenon, e terminou à tarde no território da Unidade de Saúde Maria da Conceição. O prefeito destacou que a colaboração da população é fundamental neste enfrentamento.

"Os pontos irregulares de descarte de lixo, por exemplo, acabam se tornando criadouros do mosquito. Esta é uma governança colaborativa que depende, sim, da atuação das equipes da prefeitura, mas que precisa ser responsabilidade de todos. Pedimos que cada um faça a sua parte" - Prefeito Sebastião Melo.

Alex Rocha/PMPA

Na Zona Sul, o ponto de encontro inicial foi a Unidade de Saúde Núcleo Esperança, na Restinga. Estiveram envolvidas outras oito unidades do território: Restinga, Macedônia, José Mauro Ceratti, Álvaro Difini, São Vicente Mártir, Tristeza e Guarujá. Militares do Exército Brasileiro se somaram, ainda, às equipes nas ações da Unidade de Saúde Ipanema.

Na Zona Norte, a equipe percorreu ruas dos bairros São João, São Geraldo e Higienópolis. A ação contou com apoio de profissionais da Clínica da Família IAPI e acadêmicos da Uniritter e Atitus Educação .  

Percorrendo os territórios, o objetivo do mutirão foi identificar e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, com a sensibilização da comunidade para o cuidado permanente com o ambiente. “É fundamental que as pessoas eliminem qualquer ponto de água parada para interromper o ciclo de desenvolvimento do mosquito”, reforçou a diretora da Vigilância em Saúde, Evelise Tarouco.

Seguindo o conselho dos profissionais, a auxiliar de serviços gerais, Ana Paula Paiva Rosa, garantiu que reserva minutos do seu dia para eliminar possíveis criadouros do mosquito da dengue. “Aqui a gente procura deixar tudo limpinho e ajuda a vizinhança também. Eu já tive dengue e é horrível. Aqui o mosquito não chega e nem vai chegar.”

Outro apoio fundamental foi a presença de profissionais do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), que recolheram pelo menos de quatro caminhões de entulhos. A diretora da Atenção Primária à Saúde, Vânia Frantz, lembra que episódios de descarte de lixo têm sido frequentes em vários pontos da cidade. “As nossas unidades de saúde reforçam os cuidados sobre a doença, mas precisamos que a população entenda que o acúmulo desses materiais é passível de se tornar um criadouro”, observou.

O secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, avaliou como bastante produtiva a segunda ação contra dengue realizada em sábados. “Tivemos o Dia D no começo deste mês com quase 4 mil casas vistoriadas, e nesta edição estabelecemos, novamente, diálogos importantes com as pessoas, lembrando que a prevenção começa sempre com a gente”, disse. 

Casos – Porto Alegre tem 794 casos confirmados de dengue em 2024, sendo que 714 foram contraídos na cidade (autóctones), 61 são importados (infecção fora da cidade) e 19 não têm local de infecção determinado. As notificações de suspeitas chegam a 9.149 até o dia 16 de março. Em 2023, no mesmo período, foram 580 notificações e 175 casos confirmados. Os dados são sujeitos à revisão.