Dezembro Vermelho tem exibição de filme e roda de conversa sobre HIV/Aids

26/11/2025 15:05

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dará início às atividades do Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização, prevenção e enfrentamento ao HIV/Aids. A programação especial começa segunda-feira, 1º, Dia Mundial de Combate ao HIV, que é o vírus responsável por atacar o sistema imunológico - defesa natural do corpo contra doenças. Sem tratamento, a infecção pode evoluir para a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), estágio mais avançado da doença.

Pela manhã, a abertura das ações será marcada por atividades nas estações Mercado, Rodoviária e Farrapos da Trensurb. A Coordenação de Atenção à Tuberculose, ISTs, HIV/aids e Hepatites Virais (Caist) contará com equipes de profissionais de saúde e parceiros. A iniciativa terá o apoio do projeto A Hora é Agora e de residentes de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande (Ufrgs). As atividades também incluirão apresentações culturais alusivas à data, desenvolvidas em parceria com o grupo Jovens Multiplicadores de Cidadania (JMCS) da THEMIS – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, e com os coletivos Slam Levante e Fora da Ordem, buscando atingir especialmente o público jovem.

Já às 14h, haverá sessão de cinema com o filme Carta Para Além dos Muros, obra reconhecida por seu papel fundamental na construção da memória social sobre o HIV no Brasil e na desconstrução de estigmas ainda presentes. Profissionais de 20 unidades de saúde que registraram maior execução de testes rápidos junto aos Serviços de Atendimento Especializado (SAEs) foram selecionados para este momento.

A exibição ocorrerá no cinema do Sindicato dos Bancários, com liberação já autorizada pela produtora. Após o filme, haverá uma roda de conversa com especialistas, como o infectologista Zenóbio Soares e o ativista Célio Golin, aprofundando reflexões sobre prevenção, cuidados, avanços no tratamento e enfrentamento ao preconceito.

Vírus - O HIV é o vírus da imunodeficiência humana. Ele entra no organismo e passa a atacar células essenciais para a defesa do corpo. Isso ocorre de forma lenta e progressiva, e muitas pessoas podem viver anos sem apresentar sinais e sintomas. É importante reforçar que ter HIV não é a mesma coisa que ter aids. A Aids corresponde ao estágio avançado da infecção, quando a imunidade está muito comprometida. Com o tratamento antirretroviral, oferecido no SUS, a imensa maioria das pessoas que vivem com HIV não desenvolvem Aids e levam uma vida longa, saudável e produtiva.

“O tratamento impede que o vírus se multiplique e permite que o sistema imunológico se recupere. Com o uso correto da medicação, a quantidade de vírus no sangue pode se tornar tão baixa que o exame não consegue detectá-la. É a chamada carga viral indetectável”, destaca a assessora técnica da Caist, Luciana Egres.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e o Ministério da Saúde, quando a carga viral está indetectável, a pessoa não transmite HIV pela via sexual. Esse princípio é conhecido mundialmente como I = I (Indetectável = Intransmissível).

Carolina Zeni

Lissandra Mendonça