Casa de Apoio Viva Maria acolhe 2,5 mil mulheres em 30 anos de atividades

27/09/2022 11:35
Cristine Rochol / PMPA
Evento de comemoração 25 anos da Casa de Apoio Viva Maria
Única no País a permanecer com o serviço ininterrupto por tanto tempo, casa foi inaugurada em 1992

As histórias de 2,5 mil mulheres vítimas de violência doméstica e sexual passaram pela Casa de Apoio Viva Maria em algum momento durante os 30 anos de atuação do serviço, completados nesta terça-feira, 27.

Com capacidade para 11 famílias, o abrigo permite até três meses de moradia temporária, para que mulheres e seus filhos menores recebam atendimento e tenham a chance de uma vida longe da violência. O endereço é mantido em sigilo.

Única instituição do gênero no Brasil com serviço ininterrupto por tanto tempo, a casa foi inaugurada em setembro de 1992 e é administrada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “O atendimento ocorre na forma de moradia protegida, para auxiliar as mulheres a reiniciarem suas vidas em melhores condições e sem violência”, explica a coordenadora e assistente social Saionara Rocha.

A Casa de Apoio Viva Maria oferece um programa de assistência integral, com ações de saúde, apoio psicológico, social e jurídico, orientação ocupacional e pedagógica.

Atualmente, a equipe é composta por assistente social, enfermeira, duas psicólogas, nutricionista (três vezes na semana) e monitores, com atendimentos individuais e em grupo às mulheres e crianças. “A abordagem tem por objetivo desenvolver uma atitude crítica e de reflexão em relação à violência vivenciada, para promover a autonomia em um processo de reorganização da identidade e da cidadania”, explica a diretora de Atenção Primária da SMS, Caroline Schirmer.

Perfil das abrigadas – Em sua maioria, são mulheres na faixa etária entre 20 e 39 anos (80,6%), com dois filhos. O grau de escolaridade é baixo, e 69,1% delas têm apenas o primeiro grau incompleto. Em relação à profissão/ocupação, 50,8% trabalham em serviços de higienização e cozinha.

Acesso à instituição – As mulheres são encaminhadas, em maior proporção, pela Delegacia da Mulher, Centro de Referência em Atendimento à Mulher e Centro de Referência Especializado em Assistência Social. São provenientes de bairros periféricos de Porto Alegre.

Vanessa Conte

Cristiano Vieira

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