Campanha de vacinação contra gripe entra na etapa final 

09/06/2021 08:35
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Grupo dos indígenas superou os 90% da meta

Nesta quarta-feira, 9, começa em todo Brasil a última etapa da campanha de vacinação contra gripe. Passam a ser contempladas pessoas com comorbidades, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo (motoristas e cobradores), portuários, forças de salvamento e segurança, forças armadas, funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade, além de adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferece mais de 90 locais de vacinação (confira a lista), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. 

Os novos grupos  se somam ao das crianças de seis meses a menos de seis anos, gestantes, trabalhadores da saúde, puérperas (mães que tiveram bebê há até 45 dias), indígenas, idosos e professores, que compõem as etapas anteriores e continuarão sendo imunizadas. 

Desde o início da campanha em Porto Alegre, em 12 de abril, 221.317 doses da vacina foram aplicadas na cidade, em pessoas dos grupos de risco. O número corresponde a 30,3% do público total, estimado em 728.901 pessoas. O percentual de imunizados ainda é considerado baixo pelos gestores da SMS. Os maiores índices de vacinação estão entre os indígenas, que superaram a meta de 90% do grupo, as crianças, com 45,2%, os idosos, que alcançaram percentual de 42%, e trabalhadores da saúde, com 38,7% da meta. Professores atingiram 36,3%, e puérperas e gestantes 32%. 

A vacina contra gripe é atualizada anualmente. Ela protege contra três tipos de vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. Com a campanha, o Ministério da Saúde pretende reduzir as complicações, internações e a mortalidade causadas pelas infecções provocadas pelo vírus da influenza, especialmente nos grupos de risco. “É importante que as pessoas dos grupos elencados pelo ministério procurem ou sejam levadas a locais de vacinação antes do início do inverno”, destaca o diretor da Vigilância em Saúde, Fernando Ritter. 

Ele enfatiza que são necessários pelo menos 15 dias depois da aplicação para que a proteção seja garantida. “A vacina é segura, ela protege contra as complicações da doença, diminuindo a necessidade de internações e busca por atendimento de urgência”, diz. O gestor destaca ainda que o frio fragiliza a imunidade do organismo, e com ambientes mais fechados, a transmissão do vírus é facilitada. 

Considerando que tanto a Covid-19 quanto a gripe são doenças respiratórias, é importante aumentar a cobertura vacinal para diminuir o risco de transmissão viral. “Com maior proteção, há menor sobrecarga nos serviços de saúde, e consequentemente menor circulação dos vírus”, diz Ritter. 

Como as duas campanhas de vacinação acontecem de forma simultânea, é importante lembrar que o tempo mínimo de intervalo entre a vacina da gripe e da covid-19 é de 14 dias. O dia de aplicação de uma vacina é considerado dia zero. Então, o intervalo deve ser contado a partir do dia seguinte ao da aplicação da vacina. Ao comparecer a uma unidade de saúde, caso já tenha sido imunizado com a vacina Covid-19, é recomendada a apresentação da carteira de vacinação. 

Gestantes e puérperas devem apresentar a carteira de gestante; professores, comprovação do vínculo de trabalho. Crianças devem ter a caderneta levada ao posto de saúde. Comorbidades podem ser comprovadas com atestado médico, laudo ou prescrição de receita de medicamento de uso contínuo. Motoristas e cobradores do transporte coletivo podem comprovar com crachá ou contracheque.

A campanha prossegue até 9 de julho.

Patrícia Coelho

Andrea Brasil

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