Artigo: O desafio da vacinação contra a Covid-19

11/02/2021 10:18

Os efeitos devastadores da Covid-19 deflagraram um verdadeiro mutirão de renomadas instituições de pesquisa em vários países. Uma corrida contra o tempo movida pela ansiedade das nações assustadas. Numa velocidade jamais vista na história do enfrentamento a pandemias, a ciência respondeu ao clamor mundial com a criação de vacinas elaboradas e testadas em tempo recorde. Protocolos tradicionais de aprovação tiveram que ser agilizados diante da urgência da imunização. Os níveis de eficiência e segurança, com sutis variações, vêm apresentando índices muito satisfatórios, mesmo com as constantes mutações do vírus.

Agora, os grandes laboratórios industriais tentam dimensionar suas linhas de produção para atender a uma demanda em escala nunca imaginada. Países montam às pressas complexos programas de vacinação em massa para conter a pandemia, torcendo para que as doses necessárias cheguem a tempo para uma imunização eficaz de suas populações.

Neste nem tão admirável mundo novo, é preciso lidar com dois fatores decisivos: a complexidade da criação, produção, distribuição e aplicação de vacinas numa proporção inédita, e os efeitos deste ambiente tenso no comportamento das pessoas.

O Brasil tem um dos maiores e mais respeitados programas de vacinação do mundo. Uma referência absoluta, apoiada na estrutura do SUS. Com este modelo, Porto Alegre vem executando amplas e exitosas campanhas de vacinação. O desafio da pandemia e a ansiedade geral que gera um turbilhão de expectativas na população exigem uma condução firme e equilibrada de todo o processo. É natural que nas etapas iniciais ocorram problemas como demora na chegada das doses, dificuldades de agendamentos e de ajustes nas estratégias.

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre vem ajustando essas questões, seguindo rigorosamente os parâmetros do Ministério da Saúde. Já estamos vacinando idosos a partir de 85 anos e continuaremos avançando, seguindo com determinação as orientações do prefeito Sebastião Melo, para que, à medida que as vacinas forem chegando, seja atingida a tranquilidade tão esperada pela nossa população.

Mauro Sparta
Secretário Municipal de Saúde

*Artigo originalmente publicado no jornal Zero Hora em 11 de fevereiro.

Fabiana Kloeckner