Ações de combate à sífilis são retomadas em Porto Alegre

11/08/2021 15:10
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Unidade móvel está estacionada no Largo Glênio Peres

Pausado em razão pandemia, o Projeto SIM será retomado na Capital a partir desta quarta-feira, 11, com o objetivo de coletar dados e monitorar estratégias de tratamento e combate à sífilis. A iniciativa é do Hospital Moinhos de Vento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Ministério da Saúde.

Uma unidade móvel estará estacionada no Largo Glênio Peres, no Centro, onde serão realizados exames gratuitos para o diagnóstico de sífilis, HIV e hepatite. O resultado sai na hora e as pessoas que testam positivo para sífilis são encaminhadas para monitoramento e tratamento, recebendo já a primeira dose da medicação no local.  O atendimento na unidade móvel irá ocorrer de segunda a sexta, das 9h às 18h, até atingir a meta de 10 mil testes coletados.

A Capital gaúcha tem uma das maiores taxas de detecção de sífilis do Brasil - 166 contaminados para cada grupo de 100 mil habitantes - e os maiores índices de sífilis congênita no país. O projeto visa identificar os principais fatores associados ao aumento de casos da doença.

Na primeira etapa, a partir dos dados coletados, será estimada a proporção de casos de sífilis não diagnosticados na população e avaliadas estratégias para ampliação dos exames. Na etapa de monitoramento, o foco é identificar lacunas no tratamento usual no Sistema Único de Saúde (SUS) e avaliar a efetividade de diferentes estratégias de enfrentamento da doença.

Os pacientes com resultado positivo no exame são orientados sobre o retorno para novas doses de medicação e monitoramento nas unidades de saúde através de contato telefônico e também pelo aplicativo para smartphones “SIM!”. O app pode ser baixado por celulares com a plataforma Android. Em breve, também estará disponível para download no sistema IOS.

Projeto SIM 

Iniciado um pouco antes dos registros dos primeiros casos de Covid-19 no Rio Grande do Sul, o piloto do Projeto SIM foi executado durante apenas dois dias em Porto Alegre e testou 68 pessoas. Quatorze (20,6%) tiveram teste reagente para sífilis, 1 para hepatite B, 3 para hepatite C e 1 para HIV. 

Luize Baini

Lissandra Mendonça

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