Os recursos repassados pela Smed para as escolas contam, a partir deste terceiro trimestre do ano, com um aumento de 135% no valor por aluno, aumentando também as possibilidades de uso da verba pelos diretores para despesas e pequenos investimentos. A política de incentivo à leitura da Smed também está sendo intensificada, por meio do programa Redes de Leitura, que este ano recebe o dobro de recursos em relação ao ano passado: cerca de R$ 550 mil. Além desse montante, o programa envolve recursos adicionais para renovação dos acervos literários das bibliotecas.

O Redes de Leitura tem cinco iniciativas atreladas. Já consagrado como um programa da Smed, o Adote um Escritor, em que autores vão até as escolas para desenvolver atividades com os alunos sobre as obras trabalhadas em sala de aula, segue no mesmo modelo. Mas, pela primeira vez será atendida, majoritariamente, a primeira opção de autor selecionada pelas escolas. O programa anual de visitas dos alunos da rede à Feira do Livro de Porto Alegre também terá recursos adicionais, com a meta de garantir pelo menos um ônibus por escola.

Também compõe o Redes de Leitura a expansão do uso da plataforma eletrônica de leitura Elefante Letrado, que mostrou resultados significativos após a fase piloto na Emef Ildo Meghetti. O projeto não envolve transferência de recursos – as licenças foram doadas pela Elefante Letrado – e deverá favorecer todos os 23,2 mil alunos do 1º ao 5º ano da rede. Também será expandido o projeto Baú de Histórias. Criado para beneficiar as escolas infantis da rede comunitária que não dispõem de bibliotecas ou salas de leitura, ele terá sua circulação ampliada, passando das atuais quatro unidades para mais de duas dezenas de baús, como movimentação também nas escolas infantis da rede municipal. 

Segurança – As ações de segurança estão sendo implantadas em duas frentes, com medidas pedagógicas e de caráter estruturante. O programa Acesso Mais Seguro, da Cruz Vermelha, cuja metodologia prepara profissionais de serviços de saúde, educação e assistência social para identificar situações de risco de violência, já está andamento na Lomba do Pinheiro. “Os treinamentos já começaram por essas áreas e a ideia é que supervisores e orientadores pedagógicos de escolas localizadas nas zonas de conflito tornem-se multiplicadores dos protocolos de ação para os professores e demais servidores”, explicou o secretário.

Em parceria com o Tribunal de Justiça, a Smed implementará os programas de Círculos de Paz, voltado à resolução de conflitos de forma não violenta, e de Justiça Restaurativa, método de promoção da pacificação social em que os envolvidos em um conflito chegam de forma autônoma a acordos, restaurando o dano. A iniciativa será desenvolvida nas escolas dos bairros Restinga, Rubem Berta, Cruzeiro e Lomba do Pinheiro.

O secretário também anunciou que será contratada uma empresa terceirizada para alocação de porteiros nas 99 escolas da rede, enquanto a Guarda Municipal segue com sua atividade-fim, que é a guarda patrimonial. Ainda, cada escola passará a ter duas câmeras de vigilância interligadas 24 horas ao Centro Integrado de Comando (Ceic), com monitoramento por uma servidora da Smed. 

Algumas soluções que estão sendo preparadas para a área de tecnologia da informação, como questões de conectividade e comunicações, também estiveram na pauta. As escolas terão, por exemplo, a possibilidade de contratação de plano de Internet de forma independente, e também substituir computadores com problemas de uso de forma independente. Ao final, o secretário ainda ressaltou a importância do empenho dos diretores no planejamento do calendário escolar de 2019, com o objetivo de divulgar o documento até o mês de dezembro.