Medidas contra coronavírus reduzem poluição em até 75% na Capital

26/04/2020 09:59
Maria Ana Krack/ PMPA
COMUNICAÇÃO
Análise é do projeto Porto Ar Alegre, do Pacto Alegre, que conta com cinco monitores da qualidade do ar

seloAssim como outras cidades pelo mundo, Porto Alegre está sentindo os impactos das paralisações decorrentes do coronavírus (Covid-19). Desde que o isolamento domiciliar se tornou necessário, a poluição na cidade teve uma redução de 22% para as partículas com até 2,5 micrometros – de 12,3 µg/m3 para 9,5 µg/m3 –, que são as mais nocivas para a saúde. Também houve redução de até 75%  – de 40 µg/m3 para menos de 10 µg/m3 – nas partículas entre 2,5 e 10 micrometros, também inaláveis, mas que representam menor risco para as pessoas.

“Não se trata de gases poluentes, mas sim partículas extremamente prejudiciais à saúde. As que possuem até 2,5 micrometros podem chegar aos pulmões e circular por todo o organismo”, alerta a coordenadora do Laboratório de Poluição Atmosférica da UFCSPA, Cláudia Rhoden.

A análise é do projeto Porto Ar Alegre, do Pacto Alegre, que conta com cinco monitores da qualidade do ar localizados nas regiões dos bairros Rubem Berta, Santa Cecília, Centro Histórico, Humaitá e Restinga. Eles medem as concentrações de material particulado ao nível do solo. Foram considerados dados anteriores ao isolamento (entre 16 de fevereiro e 15 de março) e após (16 de março a 14 de abril).

“O monitoramento das mudanças dos indicadores de qualidade do ar evidenciam a importância das emissões do transporte, por exemplo, no quadro das grandes cidades. Com a redução da mobilidade, devido a essa indesejável crise, tivemos uma forte e clara redução de particulados e uma melhoria nos índices de qualidade do ar em Porto Alegre”, analisa o diretor da Escola de Engenharia da UFRGS e Coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho.

 

Juliane Soska

Gilmar Martins