COP28: estudos indicam caminhos para adaptação climática em Porto Alegre

05/12/2023 14:39
Divulgação / PMPA
Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade
Secretário Germano Bremm recebeu, em Dubai, o resultado dos levantamentos

Durante a COP28, que acontece em Dubai (Emirados Árabes) até o dia 12, a prefeitura recebeu o resultado de dois importantes estudos que irão nortear o Plano de Ação Climática de Porto Alegre na definição de medidas prioritárias e concretas. A entrega ocorreu no estande do Iclei (entidade mundial de governos locais dedicada ao desenvolvimento sustentável), em conjunto com o consórcio de empresas contratadas para realização dos estudos.

Além de um levantamento dos principais eventos ocorridos entre 1995 e 2014, foram identificadas as seis principais ameaças climáticas da cidade para o período de 2030 a 2050: inundação fluvial (transbordamento da água de rios, arroios e lagos), deslizamento e erosão (movimento de terra, rochas ou detritos em encostas), ondas de calor (dias muito quentes com temperaturas máximas acima da média por, pelo menos, três dias seguidos), secas meteorológicas (longos períodos sem chuva, resultando em falta d’água), vetores de arboviroses (presença do mosquito Aedes aegypti, dengue, Zika, entre outros) e tempestades (combinação de ventos fortes e chuva elevada num intervalo curto de tempo).

A análise de riscos e vulnerabilidade climática apontou que os bairros mais suscetíveis a ondas de calor são Bom Jesus, Vila João Pessoa, Bom Fim e Cidade Baixa. “Para se adaptar à ameaça do aumento da temperatura, estamos trabalhando no aumento do plantio de vegetação, com a recuperação completa do viveiro municipal para produção de mudas nativas adequadas para ruas, praças e parques, monitoramento da qualidade do ar para identificar a efetividade das ações, além de incentivos à implantação de práticas sustentáveis em todas as construções, como paredes e telhados verdes”, explica o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

O segundo estudo, chamado de Pegada Hídrica, calcula o uso e a poluição da água na cidade. Em 2022, o abastecimento diário de água pelo Dmae foi de 328 litros por habitante, o que equivale a 720 mil piscinas olímpicas cheias. Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 50 e 100 litros por dia seriam suficientes para uma pessoa. A Pegada Hídrica de Porto Alegre foi de 1,8 bilhão metros cúbicos por ano. As recomendações são para a universalização do tratamento de esgoto, melhora da qualidade dos arroios, rios e Lago Guaíba e ações de redução do consumo de água e de perdas na distribuição.

“Com esses estudos, encerramos a etapa de diagnóstico do Plano de Ação Climática. Agora, seguimos na estruturação das ações necessárias para adaptarmos nossa cidade para essa realidade climática cada vez mais recorrente e impactante que temos vivido e reduzirmos as emissões de gases de efeito estufa para não agravar a situação atual que hoje já é bastante séria”, afirma a diretora de Políticas e Projetos de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini.

 

Carla Bisol

Gilmar Martins

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