Covid-19 e os cuidados com animais de estimação

19/03/2020 09:42
Ari Teixeira/SMAMS PMPA
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Não há evidências de que pets transmitam ou sejam contaminados pelo novo coronavírus

A situação de pandemia provocada pela expansão de contágio pelo coronavírus passa distante dos animais de estimação pois não foram percebidas evidências de que cães e gatos possam ser reservatórios do vírus ou que tenham sido contaminados. “É clara a predileção e provável exclusividade do acometimento de humanos neste subtipo do coronavírus”, afirma a coordenadora de Saúde Animal da Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), médica veterinária Brunna Barni.

Brunna explica que muitas pessoas temem o contágio quando descobrem que existem os coronavírus canino e felino. Estes se originam na mesma família do recém surgido Covid-19, mas têm um diferencial único: estão em gêneros distintos. “Ambos não são transmitidos para humanos e muito menos entre as diferentes espécies de animais, ou seja, não levam riscos à saúde pública”, garante. 

Portanto, não se justifica tomar medidas contra animais de estimação que venham a comprometer seu bem-estar como o abandono, ou mesmo a possibilidade de eutanásia. “É hora de manter e reforçar os hábitos de higiene dos pets e, principalmente, da população humana, essencial para a contenção dos coronavírus e especialmente da nova pandemia. Isso inclui lavar as mãos antes e depois de tocar nos animais, alimentos, suas fezes ou urina. Além disso, o tutor deve evitar compartilhar alimentos com seus pets" alerta a  veterinária.

Coronavírus canino - Causa gastroenterite (vômito e diarreia) em cães. Acomete animais de todas as idades, porém é mais grave em filhotes. Pode estar associada à infecção pelo vírus da parvovirose, muitas vezes fatal. A transmissão entre animais é oral-fecal. A vacina polivalente, de aplicação anual, protege o animal contra estas doenças.

Coronavírus felino - Provoca diarreia em gatos e eventualmente evolui para a Peritonite Infecciosa Felina (PIF), que causa sinais mais graves e até a morte do animal. A transmissão entre animais é oral-fecal. Não há vacina para o coronavírus felino, porém manter a vacinação em dia contra outras doenças evita que baixe a imunidade do animal e ele se contamine ou apresente os sinais de PIF. “Por isso, é importante revisar o calendário de vacinas dos bichos de estimação”, alerta a veterinária.

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Ari Teixeira

Taís Dimer Dihl

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