Melo defende governança conjunta para reforçar sistemas de proteção contra cheias
O prefeito Sebastião Melo defendeu nesta quinta-feira, 4, que é preciso construir uma “governança conjunta verdadeira” entre municípios, estado e governo federal para transformar os impactos das enchentes em oportunidades de aprendizado e resiliência na Região Metropolitana e no Rio Grande do Sul.
Melo foi um dos palestrantes do Fórum da Reconstrução do RS, organizado pela rádio Guaíba na 48ª Expointer para debater soluções de infraestrutura, agronegócio e ações sustentáveis no Rio Grande do Sul.
“Caminhei sempre na direção de não procurar culpados, mas de buscar soluções. Não há proteção de cheias só de uma cidade. Temos quatro rios que chegam ao Guaíba - Jacuí, Caí, Gravataí e Sinos - abastecidos por dezenas de afluentes. Nenhum sistema seria suficiente para impedir os milhares de metros cúbicos de água que invadiram Porto Alegre e os municípios gaúchos em 2024” – Prefeito Sebastião Melo.
Segundo Melo, uma série de medidas foram tomadas para reconstruir vidas e recuperar a Capital, como obras emergenciais em diques, casas de bombas e o Muro da Mauá, além de investimento em prevenção, tecnologia e resiliência.
“Hoje, estamos melhores do que antes, tivemos avanços importantes, recuperamos estruturas emergencialmente e temos muitas obras em diques, comportas e casas de bombas. Contratamos o professor Carlos Tucci para modelar a expansão da cobertura anticheias até a Zona Sul e ampliamos a prevenção e alerta, com plano de contingência de resposta a emergências, reforço de efetivo da Defesa Civil, totens, réguas de medição do nível do rio, controle do ar e previsão do tempo 24 horas”, completou o prefeito.
A Capital foi uma das cidades mais atingidas pela enchente de maio de 2024, com 30% do território submerso, 165 mil pessoas afetadas, 20 mil moradias danificadas e mais de 300 equipamentos públicos comprometidos. O Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática foi criado pela Prefeitura de Porto Alegre para atuar na recuperação dos espaços públicos.
Cristiano Vieira