Surdos poderão utilizar aplicativo para pedir socorro ao Samu

14/07/2023 09:17
Cristine Rochol / PMPA
Deficientes auditivos poderão utilizar aplicativo para pedir socorro ao Samu
Será possível transmitir imagens no local da ocorrência

Se pedir socorro ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Capital já foi uma grande dificuldade para surdos, a realidade a partir de agora é outra. A Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Samu Porto Alegre, promove atualização no aplicativo Chamar 192, que já poderá ser acessado também por esse público em casos de emergência.

O município de Porto Alegre foi pioneiro em instituir o sistema de socorro no Brasil, há quase 28 anos, baseado no modelo francês de assistência pré-hospitalar. O aplicativo está disponível desde 2021 para celulares com sistema Android ou iOS e é mais uma forma de agilizar o socorro a vítimas de acidentes ou outros chamados.

A comunicação com o serviço emergencial através de mensagens curtas atenderá àqueles que estiverem em situação de perigo e impossibilitados, por uma condição física, de realizar chamadas telefônicas. O serviço deve responder imediatamente à solicitação, informando e orientando o solicitante também por meio de mensagens curtas.

O coordenador do Samu em Porto Alegre, Fabiano Barrionuevo, explica que há possibilidade de transmissão de imagem no local da ocorrência. “Com o pré-cadastro do solicitante o carregamento de dados como nome e endereço é automático em nosso sistema, desta forma agilizando o atendimento. É um apelo social de inclusão muito bacana, pois até então surdos não conseguiam solicitar atendimento do Samu em eventuais intercorrências sem pedir ajuda de outras pessoas".

Depois de baixar o aplicativo, a pessoa deve fazer um cadastro informando os dados solicitados e ser portador de deficiência auditiva. Clica aqui para conferir como funciona essa nova função.

Principais etapas do serviço via 192 - Primeiro atendimento: telefonista questiona a localização do incidente. O telefonema é encaminhado ao médico regulador, que solicita informações do cidadão sobre a situação e define o suporte que será encaminhado ao local do acidente, se necessário. Depois passa para o atendimento inicial e resolução do problema, com encaminhamento para pronto-atendimentos, urgências e emergências hospitalares. O tempo médio varia conforme a gravidade, local, trânsito ou disponibilidade de equipe, mas casos mais graves como parada cardíaca, em média, é de 15 minutos a partir de orientações gerais e deslocamento de Unidade Móvel (ambulância) para atendimento no local.

Carolina Zeni

Andrea Brasil