Seminário destaca dez anos do Comitê de Prevenção da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis

01/06/2023 16:35
Cristine Rochol/PMPA
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Evento foi realizado no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal

Porto Alegre é a capital do Brasil com maior taxa de detecção de gestantes com HIV, conforme boletim do Ministério da Saúde. São 17,1 casos por mil nascidos vivos, sendo 8,4 casos no Rio Grande do Sul e três casos no Brasil. Os dados foram apresentados na tarde desta quinta-feira, 1º, durante seminário que marca os dez anos de criação do Comitê Municipal de Prevenção da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis de Porto Alegre, no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal.

O trabalho desenvolvido nesse período tenta reduzir a transmissão da doença para o feto durante o pré-natal e no momento do parto. Na abertura do evento, foi entregue certificação ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas pelo trabalho desenvolvido na maternidade, intensificando a testagem da gestante e do parceiro para identificar a presença de infecções sexualmente transmissíveis.  

A presidente do comitê, Bianca Ledur, enfatiza a importância do pré-natal de qualidade para evitar a transmissão da doença ao bebê. “É necessário o acompanhamento adequado do pré-natal na unidade de saúde, com orientações à gestante e testagem rápida no pré-natal, parto e puerpério”, destaca. A testagem do parceiro também é importante para o controle da infecção.

Conforme a vice-presidente do comitê, Denise Pedroso, a cidade vinha mostrando queda na taxa de transmissão vertical até 2018, cenário que mudou com a pandemia de Covid-19. Em 2013, a taxa de transmissão vertical do HIV por ano de parto, na capital gaúcha, era de 3,9, baixando ao longo dos anos até chegar a 0,3, em 2018. Já em 2020, o número foi para 2,5, reduzindo para 1,3, em 2022.

No período de 2013 a 2022, o comitê discutiu 213 casos, incluindo todos os casos de transmissão vertical e de pré-natal com alto risco para transmissão. O grupo atuou junto aos hospitais e unidades de saúde, dando orientações e sugestões de ação e construção de políticas públicas.

O trabalho é feito de forma integrada entre Vigilância Epidemiológica, Coordenação Municipal de ISTs, HIV, Sífilis e Hepatites Virais (Caist), Atenção Primária (coordenadorias distritais e unidades de saúde), rede hospitalar, Serviço de Atendimento Especializado, Coordenação Estadual de IST/Aids e Ministério da Saúde.

 

Vanessa Conte

Gilmar Martins

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