Saúde lança boletins com dados de HIV, hepatites e tuberculose em Porto Alegre

13/05/2022 14:47

O cenário epidemiológico de HIV/Aids e a vigilância epidemiológica das hepatites virais e da tuberculose são os temas de dois boletins epidemiológicos lançados pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde em 2022. Os dados apresentados refletem o cenário epidemiológico até 2021. Dados de 2022 somente estarão disponíveis no final do ano. 

No boletim 82 são tratados os temas do HIV/Aids e das hepatites virais. No artigo sobre HIV/Aids, em 2021 foram confirmados 606 novos casos de infecção por HIV entre moradores de Porto Alegre, e 289 casos de Aids, totalizando 895 novos casos de pessoas vivendo com o HIV na cidade. Em 2020, foram 574 novos casos de HIV e 401 de Aids, totalizando 971 pessoas vivendo com HIV.

Em relação às hepatites virais, considerando a possibilidade de transmissão vertical (da mãe para o bebê) dos vírus B e C, o texto aborda prevenção durante o pré-natal, além de destacar condutas para diagnóstico e manejo das infecções. Em 2021, foram confirmados 1.193 novos casos de hepatites virais em Porto Alegre. Do total, as maiores ocorrências são de hepatite C (1.003 casos) e 189 novos casos de hepatite B.

Em 2020, os números, respectivamente, foram 967 novos casos, sendo 785 de hepatite C e 178 de hepatite B. Para hepatite dos tipos A e B há vacinas disponíveis na rede pública, com esquema vacinal específico estabelecido pelo Ministério da Saúde. Para hepatite C, não há não há vacina. 

A edição 83 é especial e está dedicada integralmente à vigilância da tuberculose na cidade, além do impacto da Covid-19 nas notificações. Em 2021, foram confirmados na cidade 1.234 novos casos da doença. Em 2020, foram 1.052. Dados de 2022 estarão disponíveis a partir de novembro. 

O boletim epidemiológico é uma publicação da EVDT lançada desde 1996. Com periodicidade trimestral,  desde o início pretende apresentar à cidade – e aos serviços de saúde em particular - o resultado das investigações realizadas pela equipe, estimulando a participação e a colaboração com os sistemas de vigilância em saúde de Porto Alegre. Rosa Gomes, que responde pela publicação na equipe, lembra um trecho do editorial da primeira edição do boletim, ao destacar que o objetivo da DVS é oferecer à cidade um bom nível de percepção da realidade epidemiológica de Porto Alegre, além de dar retorno às fontes notificadoras sobre as informações prestadas à equipe de forma periódica. 

As publicações estão disponíveis no site da Diretoria de Vigilância em Saúde, neste link.

Patrícia Coelho

Gilmar Martins