Saúde começa vacinação contra sarampo em escolas

Até o final de dezembro, diferentes estratégias serão implementadas pela secretaria visando ao aumento da cobertura vacinal no público-alvo
25/10/2018 16:44
Cristine Rochol/PMPA
SAÚDE
Alunos e funcionários da Emef Jerônimo de Ornellas foram imunizados nesta quinta-feira

A Secretaria Municipal de Saúde começou nesta quinta-feira, 25, a ação para intensificar vacinação de adolescentes e jovens adultos de 15 a 29 anos em escolas. Uma equipe da Atenção Primária da Saúde imunizou alunos e funcionários desta faixa etária da Escola Estadual de Ensino Fundamental Jerônimo de Ornellas, na Vila Aparício Borges. 

O secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, participou do início das atividades e salientou a importância da imunização. “Temos que fazer um bloqueio da população mais suscetível, que acaba sendo quem transmite nessa faixa etária para outras faixas, por isso estamos indo nos lugares onde elas se concentram”, declara Harzheim.

A intensificação de vacinação para adolescentes e jovens faz parte do Plano de Enfrentamento do Sarampo da SMS. A meta é avaliar a situação vacinal e atualizar a vacinação dos indivíduos entre 15 e 29 anos por meio de ações realizadas em 130 escolas, quartéis e universidades.

Até o final de dezembro, diferentes estratégias serão implementadas pela secretaria visando ao aumento da cobertura vacinal no público-alvo e à interrupção da cadeia de transmissão da doença na cidade. Nas unidades de saúde, o SUS oferece a vacina para todas as pessoas, de 1 ano até 49 anos de idade. 

O esquema vacinal varia de acordo com a faixa etária. De 1 ano aos 29 anos de idade, devem ser feitas duas doses da vacina, com intervalo mínimo de um mês; dos 30 aos 49 anos, uma dose é suficiente. Para avaliar a situação vacinal, é importante levar à unidade de saúde a caderneta de vacinação. 

“Temos que fazer um bloqueio da população mais suscetível, que acaba sendo quem transmite nessa faixa etária para outras faixas, por isso estamos indo nos lugares onde elas se concentram” - Erno Harzheim (secretário municipal de Saúde)

A SMS solicita às pessoas que têm caderneta de vacinação que apresentem o documento para que a situação vacinal seja avaliada. “Caso não possua, compareça a uma unidade de saúde e converse com um profissional, que passará as orientações”, explica a enfermeira Bianca Ledur, do Núcleo de Imunizações da SMS. Mulheres grávidas não devem ser vacinadas, pois a tríplice viral é composta por vírus atenuados. 

Notificações - Porto Alegre recebeu 77 notificações de suspeitas de sarampo em 2018, com confirmação de 36 casos. Cinco continuam em investigação, os demais foram descartados. Do total de casos confirmados, 29 são pacientes entre 15 e 29 anos, sendo que 33 (91,7%) não têm o esquema vacinal completo contra sarampo. Dos 36 pacientes, 29 (80,5%) são homens. 

O balanço inclui dados cumulativos do ano, até a Semana Epidemiológica 42 14 a 20 de outubro), de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados atualizados do sarampo em Porto Alegre estão no Boletim Epidemiológico da CGVS emitido à rede de serviços notificadores nesta quarta, 24. 

Em relação à vacinação extramuros, ou seja, fora de serviços de saúde, o trabalho inclui imunização em 130 escolas pactuadas no Programa Saúde na Escola (PSE), unidades do exército, universidades e vacinação de profissionais e trabalhadores da saúde em seus locais de trabalho, incluindo hospitais. Essas 120 escolas são públicas e têm, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), 48 mil alunos entre 15 e 19 anos. Esta faixa etária tem 16 casos confirmados de sarampo. Outros 13 estão na faixa 20-29 anos. 

A população estimada de Porto Alegre entre 15 e 29 anos é de 350 mil pessoas, aproximadamente. 

Dados do Ministério da Saúde divulgados nesta semana indicam que o Rio Grande do Sul é o terceiro em número de casos da doença no país. Em 2018, 2.425 casos da doença foram confirmados no Brasil, com 12 óbitos, todos na região Norte. Amazonas (2.000) e Roraima (332) são os estados com maior número de registros. O RS tem 43 casos, dos quais 36 na Capital. Os demais estão no Rio de Janeiro (19), Pará (17), Pernambuco (4), Sergipe (4), São Paulo (3), Rondônia (2) e Distrito Federal (1).

 

Elisandra Borba

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