Saúde capacita profissionais para investigação da tuberculose latente

25/10/2023 17:18
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Curso busca formar novos multiplicadores

Técnicos da área de tuberculose do Ministério da Saúde têm capacitado profissionais de enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para aplicação e leitura da prova tuberculínica. Um dos principais objetivos do curso, que ocorre em Porto Alegre desde segunda-feira, 23, é formar novos multiplicadores, que possam compartilhar os ensinamentos das práticas, habilitando outros profissionais para a investigação da tuberculose latente no município. 

De acordo com a coordenadora da Atenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais (Caist), Daila Raenck, a prova serve como uma estratégia de prevenção, paralela ao diagnóstico da tuberculose. “Toda vez que há uma pessoa com tuberculose pulmonar ativa, precisamos investigar os contatos dela, avaliar se eles também têm o bacilo no corpo”, explica Daila.

O exame permite analisar se a pessoa teve contato com o bacilo de Koch, além de identificar pessoas que convivem com quem tem tuberculose e casos da doença em outras partes do organismo, que não no pulmão. Segundo a técnica do Ministério da Saúde, Daniele Orti, a iniciativa tem o intuito de ampliar as alternativas de prevenção e tratamento a partir da capacitação dos profissionais e identificação de pessoas infectadas, uma vez que Porto Alegre apresenta coeficiente de incidência de tuberculose superior à média nacional.

Investigação - É considerado contato para investigação toda pessoa que conviveu, nos últimos três meses, com alguém com tuberculose ativa pulmonar, por pelo menos cinco dias, uma hora por dia ou se passou uma noite inteira durante a semana. Esse tempo é o suficiente para entrar em contato com o bacilo e ter a possibilidade dele ficar latente no corpo humano. Isso significa que não são apenas as pessoas que moram com a pessoa, mas quem visita, quem trabalha junto, quem estuda, quem ajuda em algumas tarefas. 

Realizada no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) pelo departamento de HIV/AIDS da Caist, a formação é destinada aos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS), dos serviços Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) e das áreas de controle de infecções hospitalares. Ao todo, são quatro dias em que os técnicos do Ministério estarão ministrando as atividades, sendo o último encontro nesta quinta-feira, 26.

Eduardo Ely (estagiário) / Supervisão de Carolina Zeni

Lissandra Mendonça

Acompanhe a prefeitura nas redes