Porto Alegre integra projeto para qualificar atendimento de parada cardíaca

24/10/2023 08:57
Cristine Rochol/PMPA
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Após treinamento, voluntários são cadastrados em aplicativo e atuam como força-resposta

Formar uma estratégia para antecipar o auxílio a vítimas de parada cardiorrespiratória até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está entre os objetivos do projeto Cidade Cardioprotegida, desenvolvido como piloto em Porto Alegre. A partir da iniciativa, foram distribuídos estrategicamente em farmácias das redes Panvel e São João 145 equipamentos desfibriladores externos automáticos, que serão utilizados por voluntários previamente treinados e cadastrados no aplicativo True PCR.

Durante uma parada cardiorrespiratória, os primeiros cinco minutos são cruciais, pois a cada minuto de espera sem um atendimento básico, as chances de sobrevivência reduzem em até 10%. “A ideia é que o voluntário possa agir já nos primeiros minutos até a chegada da ambulância, melhorando a resposta a esses casos e reduzindo sequelasâ€, afirma o coordenador do Samu Porto Alegre, Fabiano Barrionuevo.

Conforme dados do serviço, na Capital ocorrem aproximadamente 500 casos por ano de paradas cardiorrespiratórias fora do ambiente hospitalar, dos quais cerca de 17% dos pacientes sobrevivem. Devido a múltiplos fatores, o tempo de chegada de uma ambulância do Samu para atendimento varia de cinco a 16 minutos.

Cristine Rochol/PMPA
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Farmácias parceiras receberam 145 desfibriladores que serão levados à cena do socorro

Efetuado com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi/SUS), o projeto Cidade Cardioprotegida é coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Samu Porto Alegre. A expectativa é que sejam treinados 2 mil voluntários até o final deste ano, com aulas nos três turnos do dia, em diferentes locais da cidade, como universidades e faculdades.

“Também pretendemos cadastrar pessoas que já possuem treinamento, com o objetivo de chegarmos a cinco mil voluntários cadastrados aptos a ter o aplicativo até o final de dezembro, atuando como força-respostaâ€, diz a líder do Hospital Moinhos de Vento no projeto, Fernanda Donner Alves. Segundo ela, a ideia do Ministério da Saúde é ampliar a estratégia para outras regiões do país.

Como ajudar – Para se tornar voluntário, é preciso se cadastrar no projeto pelo link. Haverá treinamento para utilizar o desfibrilador e fazer as compressões torácicas até a chegada da ambulância. Após, os voluntários recebem um código a ser instalado no aplicativo e passam a ser referência de auxílio em casos de parada cardíaca.

 

Vanessa Conte

Andrea Brasil