Emergências pediátricas registram menor ocupação desde maio

21/07/2023 14:01
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Diminuição é atribuída a diversos fatores, como a ampliação da cobertura vacinal do público infantojuvenil

Às 14h desta sexta-feira, 21, a curva do gráfico que mostra a situação das emergências pediátricas de Porto Alegre despencou e registrou a menor ocupação desde maio deste ano. Com 76% dos leitos ocupados, apenas três pacientes aguardavam por atendimento. O mês chegou a apresentar o maior pico de internações do público infantojuvenil por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O Hospital da Restinga e Extremo Sul (HRES) estava com 41% de ocupação, com cinco pacientes internados, enquanto a Associação Hospitalar Vila Nova (HVN) registrava 90%. Já o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HIMPV), que conta com 18 leitos emergenciais, estava com 13 crianças internadas, o que representa 72% de ocupação total.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, a diminuição é atribuída a diversos fatores, como, por exemplo, a ampliação da cobertura vacinal do público infantojuvenil em Porto Alegre. Desde 1º de junho, a prefeitura, por meio das secretarias de Saúde e Educação, realiza o Rolê da Vacina em escolas da Capital. Em quase dois meses, as equipes aplicaram cerca de 20 mil doses de vacinas em crianças e adolescentes. “No começo de junho, apenas 15% desse público havia se vacinado contra a gripe, por exemplo. Ao ampliar a vacinação, estamos fazendo uma busca ativa desse público e queremos atingir o maior número de crianças e adolescentes vacinadas em consonância com a política nacional de imunização”, reforça o secretário.

As emergências dos Hospitais de Clínicas de Porto Alegre, Nossa Senhora da Conceição e da Criança Santo Antônio atingiram, respectivamente 188%, 100% e 118% da ocupação dos leitos. “São hospitais com característica de alta complexidade com grande número de pacientes vinculados ao serviço, que necessitam de internações frequentes, o que mantém, independente da estação do ano, elevada taxa de ocupação de leitos”, explica a diretora-geral de regulação ambulatorial, Denise Tessler Soltof.

O Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul estava com ocupação 11%, enquanto os PAs da Lomba do Pinheiro e da Bom Jesus contavam, respectivamente, com um e dois pacientes que aguardavam por atendimento, com espera prevista de 15 minutos. A Capital registrava, ainda, 210 crianças de 0 a 12 anos internadas em enfermarias pediátricas por causas respiratórias nesta sexta-feira, conforme dados da Central de Regulação de Leitos da SMS. Desse total, 65% são de Porto Alegre e 35% do interior. Em Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIPs), dez estavam internados, sendo 90% do interior.

Operação Inverno - Foram abertos 22 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica  – quatro no HMIPV, oito no GHC e dez no HVL – somados a outros mais de 80 já existentes e em operação para atender especificamente esse público, equipados com respiradores, monitores multiparâmetros e camas. A prefeitura viabilizou, também, a abertura de 35 leitos clínicos pediátricos – dez no HRES, 20 no HVN e cinco no HMIPV.

Emergência - No começo de julho, o Estado declarou estado de emergência em saúde pública em todo o território do Rio Grande do Sul para fins de prevenção e de enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças, determinando que as redes hospitalares que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde adotassem medidas para priorizar a disponibilização de leitos clínicos de suporte ventilatórios e de UTI pediátricas para os casos de SRAG em crianças. “Eu insisto ao dizer que a melhor forma de diminuir o desenvolvimento da forma mais grave das doenças respiratórias é a vacinação, além de reduzirmos a pressão nas portas das emergências”, finaliza o secretário Ritter.

 

Carolina Zeni

Gilmar Martins

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