Capital conclui 10ª edição do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde

24/08/2023 10:26
Divulgação SMS/PMPA
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Alunos elaboraram vídeos para utilizar na sala de espera das unidades de saúde

Porto Alegre está em fase de conclusão de mais uma edição do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). Após um ano de ações em cinco diferentes áreas, grupos de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), articulados com professores e alunos de universidades, se dedicam agora ao fechamento dos relatórios finais.

O PET-Saúde é uma ação do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação que pretende qualificar a integração ensino-serviço-comunidade nos municípios, aprimorando o conhecimento dos profissionais, bem como dos estudantes dos cursos de graduação na área. São desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa, extensão universitária e participação social.

“O programa possibilita aos alunos uma vivência única no Sistema Único de Saúde ainda na graduação, o que garante a aproximação dos futuros profissionais com a rede de atendimento, e isso é um ganho muito importante”, avalia a coordenadora do PET-Saúde pela Coordenadoria Leste, Milene Teixeira Cassalha.

Na 10ª edição do programa, cinco projetos de Porto Alegre foram aprovados nas seguintes áreas e regiões: doenças crônicas não transmissíveis (Leste), com acompanhamento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); assistência à saúde de mulheres, crianças e pessoas com doenças crônicas (Oeste), junto com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs); atenção à sífilis adquirida e gestacional (Norte), com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); reconstrução das ações de controle da tuberculose (Norte), com a Unisinos; e gestão e assistência dos processos de desospitalização, junto com o Hospital de Pronto Socorro e o Instituto Metodista Porto Alegre (IPA).

Divulgação SMS/PMPA
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Programa possibilita que alunos vivenciem práticas desenvolvidas no SUS

O aluno de fisioterapia da Ufrgs, Jose Laurito, teve a oportunidade de conhecer o funcionamento da Atenção Primária à Saúde, incluindo o trabalho do Consultório na Rua, que atende a população em situação de rua. “O programa serviu para ampliar a visão da saúde como um todo e da minha própria área de atuação”, comenta. “Participar me torna um profissional e um cidadão mais consciente de como funciona o processo do SUS e a luta pela garantia do direito à saúde.”

Conheça um pouco de cada projeto:

Doenças crônicas não-transmissíveis – As ações desenvolvidas nas unidades de saúde do território da Coordenadoria Leste incluíram produção de materiais educativos voltados a profissionais, como fluxogramas e infográficos, e a usuários, como vídeos para as salas de espera. Além disso, foram organizados grupos de hipertensão arterial sistêmica e diabetes, com atenção a questões de monitoramento dos pacientes, relacionando com metas do programa Previne Brasil, do governo federal.

Saúde de mulheres, crianças e pessoas com doenças crônicas As ações nos serviços das coordenadorias Oeste e Sul buscaram qualificar processos de gestão do cuidado, a partir da problematização de indicadores de saúde na produção de novos arranjos produtivos de cuidado interprofissional e de ações de fortalecimento da integração ensino-serviço-comunidade. A troca de experiências e a vivência nos diferentes cenários da rede possibilitaram o aprendizado entre as profissões, incluindo os usuários no processo de cuidado e gestão.

Sífilis adquirida e gestacional – Na Coordenadoria Norte, os grupos participaram de atividades de atendimento à população, com testes rápidos e sala de espera para fomentar a importância da testagem. Também fizeram monitoramento e busca ativa de usuários para acompanhar o tratamento. Os alunos participaram de atividades de formação profissional em diferentes espaços, como Vigilância em Saúde, sede da SMS, coordenadoria e unidades de saúde.

Tuberculose – A Coordenadoria Norte trabalhou a temática em cinco linhas de atuação, no sentido de qualificar ações de controle da doença: mapeamento de casos, de abandono do tratamento e busca dos casos contatos na coordenadoria; monitoramento de casos e de abandono do tratamento; promoção de espaços de educação permanente com temas base do PET-Saúde Gestão e Assistência; busca ativa para resgatar os casos de abandono de tratamento; e ampliação do acesso aos cuidados da tuberculose para populações vulneráveis.

Desospitalização – O objetivo foi mapear o itinerário terapêutico e qualificar a alta hospitalar de pacientes vítimas de trauma com lesão incapacitante, permanente ou não. Foram realizadas atividades de gestão em saúde e assistenciais incentivando a vivência dos alunos em cenários de prática, como o Hospital de Pronto Socorro e unidades de saúde da Coordenadoria Sul. Entre as ações, foram identificadas as características dos pacientes desospitalizados, com o planejamento e acompanhamento da alta desde o hospital até a reintegração à comunidade, planejamento de cuidados continuados à família do paciente e envolvimento dela para evitar a reinternação.

Esta edição do PET-Saúde conta com a participação de 55 profissionais da SMS, 50 professores e 200 acadêmicos. Os cinco grupos têm até 31 de agosto para entregar os relatórios finais da 10ª edição do programa ao Ministério da Saúde. O acompanhamento dos participantes nos serviços da Capital começou em agosto do ano passado.

 

Vanessa Conte

Gilmar Martins

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