Boletim epidemiológico traz dados de tétano na Capital

13/12/2021 11:52

A vigilância epidemiológica do tétano é objeto de um dos artigos da edição 81 do Boletim Epidemiológico (BE) da Secretaria Municipal de Saúde, lançado na primeira semana de dezembro. O tétano é uma doença grave, causada pela bactéria Clostridium tetani, que geralmente habita o solo, poeira e fezes de animais, em forma de esporos, o que lhe permite viver por muitos anos no meio ambiente.

A doença é prevenível por vacina, sendo recomendada a verificação vacinal dos pacientes em qualquer tipo de atendimento. “Essa medida é capaz de evitar a doença e reduzir os óbitos relacionados a ela”, destaca a médica Rosa Maria Teixeira Gomes, da SMS.

Em Porto Alegre, entre os anos de 2016 e 2021, foram notificados 22 casos suspeitos, sendo 12 moradores da Capital, com confirmação de diagnóstico em oito pacientes, sendo que dois evoluíram para óbito. Do total, três suspeitas foram notificadas em 2021 (até 18 de setembro), todas confirmadas, e um evoluiu para óbito. Dos 12 casos de pessoas residentes em Porto Alegre, nenhum apresentava situação vacinal em dia. “Oito apresentaram estado vacinal ignorado, três não foram vacinados nunca e um recebeu uma dose da vacina”, diz Rosa Teixeira.

A vacina contra o tétano é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e integra o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações. O esquema recomendado é o seguinte:

- Aos 2, 4, 6 meses de vida, em associação com outras vacinas – penta ou hexavalente;

- Reforço aos 15 meses (DPT) e outro aos 4 anos (DPT);

- Reforço com dupla adulto (dT) de 10 em 10 anos;

- Considera-se vacinado quando há pelo menos três doses, sendo a última há menos de 10 anos;

- Gestantes têm indicação de vacinação, observando o reforço a cada cinco anos.

O boletim epidemiológico é produzido pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde. A publicação é trimestral, com tiragem nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro. A cada edição, profissionais que atuam na EVDT e em outros setores da Vigilância em Saúde do município trazem dados sobre temas diversos, relacionados a doenças e agravos de notificação compulsória, agudas ou crônicas. Também há edições especiais ou temáticas, dependendo do cenário epidemiológico da cidade – o qual pode, ainda, provocar alterações na periodicidade do BE. A médica Rosa Gomes, organizadora da edição 81, destaca que a pandemia da Covid-19 fez com que nos anos de 2020 e 2021 três edições tenham sido lançadas pela EVDT a cada ano.

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Patrícia Coelho

Gilmar Martins

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