Cristine Rochol/PMPA

Em quase oito meses de funcionamento, o ambulatório de reabilitação pós-Covid realizou 816 atendimentos nas áreas de fisioterapia, psicologia, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, acupuntura e osteopatia. Voltado a pessoas que apresentam sequelas de diferentes gravidades em razão do coronavírus, o serviço entrou em operação dia 12 de julho de 2021 e funciona no Centro de Saúde IAPI (rua Três de Abril, 90, bairro Passo d’Areia).

No total, 166 pessoas foram avaliadas e 53 seguem em acompanhamento. A coordenadora do ambulatório, fisioterapeuta Aline Casaril, explica que a idade média dos pacientes é de 53 anos. “Oitenta e seis por cento deles passaram por internação hospitalar que durou cerca de 38 dias e um quarto utilizou ventilação mecânica”, relata. Mais da metade do público é feminino, somando 58%. 

“O que vemos é que a recuperação das sequelas é lenta para algumas pessoas, requerendo mais tempo de permanência no serviço, portanto, seguimos com 53 pessoas em acompanhamento”, afirma. Conforme Aline, ainda não há casos de sequelas de pacientes infectados pela variante Ômicron. “Seguimos tratando sequelas tardias de Covid-19, com infectados em 2020 e 2021”, destaca.   

Entre as principais sequelas apresentadas estão fadiga, dor, perda de força, formigamento nas mãos e pés, ansiedade e insônia. Os pacientes também relatam perda de memória, tosse noturna, tontura, alteração da pressão arterial, azia e dificuldade para engolir.

Como funciona – O encaminhamento é feito após consulta nas unidades de saúde. No momento do atendimento, os profissionais avaliam e verificam se há necessidade de direcionar o paciente ao ambulatório. A equipe é composta por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), além de acadêmicos e professores dos cursos de fisioterapia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e de fisioterapia, enfermagem, psicologia e nutrição da Unisinos. Casos mais graves são encaminhados ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que possui esse tipo de serviço em atividade há mais tempo. 

Dados de atendimento do ambulatório pós-Covid (12 de julho a 1º de fevereiro):

- Fisioterapia: 544 atendimentos, com dois profissionais locais e acadêmicos da UFCSPA e Unisinos. Até novembro a média eram 60 atendimentos por semana. De novembro até agora diminuiu para 35 atendimentos semanais.  
- Psicologia: 68 atendimentos com profissional local
- Enfermagem: até novembro foram realizados 25 atendimentos com ênfase em saúde mental, pelos acadêmicos da Unisinos. Entre final de novembro e início de dezembro os atendimentos da Unisinos foram encerrados. O ambulatório seguiu contando com os acadêmicos da UFCSPA, que tiveram recesso de duas semanas. Profissionais locais também se afastaram devido as férias. 
- Nutrição: 29 atendimentos com profissional local. De julho a novembro, foram 12 atendimentos de nutrição com acadêmicos da Unisinos.
- Fonoaudiologia: 31 atendimentos com profissional local.
- Acupuntura: 68 atendimentos.
- Osteopatia: 43 atendimentos.