Investimento para alimentação escolar na rede municipal será de R$ 30 milhões em 2024

31/03/2024 16:12
Vanessa Felippe /SMED / PMPA
Educação
Ano passado, 23 milhões de refeições foram servidas aos alunos das escolas municipais em Porto Alegre

Neste domingo, 31 de março, celebra-se o Dia Nacional da Saúde e Nutrição, oportunidade para debater e avaliar práticas nutricionais. Em alusão à data, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) divulgou dados sobre o trabalho realizado em 2023 na Capital referentes à alimentação escolar, quando 23 milhões de refeições foram servidas aos alunos da rede municipal. A previsão de investimento na área em Porto Alegre para o ano de 2024 é de cerca de R$ 30 milhões.

“O trabalho de nutrição é um dos pontos mais elogiados quando se trata das escolas da rede municipal. São disponibilizada refeições em todas as nossas 99 escolas próprias e nas 215 conveniadas. Na grande maioria delas são servidas quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar”, conta o secretário de Educação, José Paulo da Rosa.

O planejamento relacionado à alimentação escolar é realizado pela Unidade de Alimentação Escolar (UAE), seguindo as Diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e dos guias alimentares para a população brasileira e para crianças menores de dois anos.

Este trabalho é baseado em três pilares: a garantia do fornecimento de alimentos adequados e saudáveis para a elaboração dos cardápios, o cumprimento da legislação no que tange à aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar - que correspondem a no mínimo 30% das compras - e o fomento de ações de educação alimentar e nutricionais para os estudantes.

A UEA é composta por 11 nutricionistas, quatro técnicas em nutrição e dietética, uma professora, uma auxiliar de serviços gerais, um apontador e duas estagiárias de graduação em nutrição, atuando na sede da Smed, e 52 técnicas em nutrição e dietética e estagiárias de nutrição lotadas diretamente nas escolas.

“Nosso objetivo é garantir a oferta de uma alimentação escolar de qualidade aos alunos. Alimentos in natura ou minimamente processados são a base dos nossos cardápios. São considerados ainda, critérios como a variedade alimentar, equilíbrio nutricional, cultura e tradição alimentar e a safra dos vegetais e das frutas”, relata Sara Bortoluz, nutricionista e coordenadora da UEA.

“Na etapa creche, por exemplo, os alimentos são produzidos sem a adição de açúcar e de ultraprocessados. Além disso, os cardápios são adaptados para atender aos estudantes diagnosticados com necessidades alimentares especiais, como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias alimentares”, afirma Sara.

Em 2023, o percentual de uso de itens em cardápios da alimentação escolar foi de 84,77% para alimentos in natura/minimamente processados, 11,95% de alimentos processados e ultraprocessados e 3,28% de ingredientes culinários. Ao menos 30% destes gêneros alimentícios foram adquiridos diretamente da agricultura, de comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. A aquisição foi realizada por  chamada pública e contou com a participação de cooperativas e de agricultores familiares da zona rural de Porto Alegre.

Educação alimentar - A pauta da educação alimentar vem sendo incluída no currículo e calendário de atividades das escolas da rede municipal. Mensalmente, junto com o cardápio é distribuído um card com uma sugestão de atividade de educação alimentar e nutricional e também uma receita do cardápio para ser compartilhada com as famílias. A ideia é fomentar com as famílias o preparo de refeições saudáveis e nutritivas.

 

Orlando Moraes

Gilmar Martins

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