Nos dias 5 e 6 de setembro, o Acampamento Farroupilha, no Parque Harmonia, será palco do espetáculo cênico-musical ‘Romance da Tafona – Da paixão à libertação’. A atração conectará arte, memória histórica e protagonismo negro em uma narrativa sobre amor, resistência e liberdade. A entrada é gratuita, com apresentações no Palco Jayme Caetano Braun, às 21h (dia 5, sexta-feira) e 20h30 (dia 6, sábado).

A montagem, idealizada e produzida por Rinaldo Souto Oliveira, da RS Expressões da Arte, tem direção musical de Felipe Barreto e integra o calendário oficial do Acampamento Farroupilha 2025, realizado de 1º e 21 de setembro. O espetáculo terá a participação de mais de 80 artistas em cena, entre atores, músicos e bailarinos, além de uma equipe técnica com 20 profissionais.

Com a canção ‘Romance da Tafona’, de Luiz Carlos Borges e Antônio Carlos Machado, como fio condutor, o enredo ficcional é ambientado em uma fazenda no interior de Pelotas, no ano de 1838. A trama central acompanha o amor entre dois jovens negros escravizados, Maria e Pacácio, que são separados após o patrão vender o rapaz para outra estância. A partir da fuga de Pacácio, o público embarca em uma travessia dramatúrgica pelos bastidores da luta abolicionista 50 anos antes da Lei Áurea, trazendo à luz personagens reais que marcaram a nossa história. 

Entre os homenageados estão nomes de grande relevância como Maria Firmina dos Reis que é a primeira romancista negra da literatura brasileira, Luis Gama, André Rebouças, José do Patrocínio, Machado de Assis, Adelina, Dragão do Mar (Francisco José do Nascimento) e Maria Tomásia, em uma celebração lideranças intelectuais e femininas negras.

Ao final, o casal separado pela escravidão se reencontra 50 anos depois, já em tempos de liberdade, para enfim viver seu ‘Romance da Tafona’. A obra-título do espetáculo será eternizada ao vivo em cena nas vozes de Loma Pereira e Jorge Marino.

O espetáculo contará com a participação do coletivo Brazil Estrangeiro, de Viamão, grupo artístico que atua em defesa do protagonismo negro e da difusão da cultura afro-brasileira. Também sobem ao palco nomes como Kako Xavier, o performer Seguidor F, artistas do PTG Bocal de Prata de Osório e representantes vindos de Pelotas, Guaíba e Canguçu.