Município e Estado discutem medidas para capivaras na foz do Arroio Dilúvio
A presença de uma família de capivaras na foz do Arroio Dilúvio, entre as avenidas Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva, motivou uma reunião entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado nesta quarta-feira, 29. O encontro ocorreu na sede da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e contou com a participação da vice-prefeita Betina Worm.
Entre as primeiras alternativas discutidas estão o cercamento provisório da área para evitar o contato direto entre pessoas e animais, além da instalação de câmeras para monitoramento do grupo e ações de educação ambiental. Também está prevista a colocação de placas informativas alertando sobre a presença de animais silvestres.
A vice-prefeita, que é veterinária com experiência no manejo de fauna, destaca que a presença das capivaras na região é um indicativo positivo de equilíbrio ambiental. “Ali tem alimentação adequada, tem pasto e o ambiente é bom. Elas não estariam ali se o local não fosse limpo e propício. É uma área aprazível para animais herbívoros”, afirma Betina.
Uma das preocupações apontadas pelas autoridades é o risco de acidentes, caso os animais se assustem com a presença humana e avancem em direção ao tráfego da avenida Ipiranga. A foz do Dilúvio tem se mostrado um espaço de refúgio da fauna local, com registros de aves silvestres e até pequenos mamíferos aquáticos, como lontras.
O secretário estadual adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marcelo Camardelli Rosa, reforça a importância da convivência harmônica com os animais. “Estamos em entendimento com a prefeitura para monitorar os animais e estudar alternativas como cercamentos e vigilância por câmeras. Esses animais convivem conosco, e também podemos aprender a conviver com eles. A educação ambiental é um dos pilares para compreendermos essa dinâmica.”
A reunião também contou com representantes do Gabinete da Causa Animal, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar.
Recomendações à população:
- Não se aproximar das capivaras;
- Não alimentar os animais;
- Evitar transitar a pé, à noite, próximo à área:
- Reduzir a velocidade ao trafegar pelo local;
- Não tentar capturar ou direcionar os animais — permita que sigam seu curso natural.
Cristiano Vieira