César Lopes / PMPA

A Prefeitura de Porto Alegre realizou, neste sábado, 22, a posse dos conselheiros titulares e suplentes do Orçamento Participativo (OP) para o mandato 2025/2026. A cerimônia ocorreu no Centro de Eventos Vereador Ervino Besson, no bairro Vila Nova,  e marcou a oficialização de 92 representantes – 46 titulares e 46 suplentes – das 17 regiões e seis temáticas.

“A posse de um conselheiro é tão importante quanto a posse de um prefeito. Por isso, o respeito é fundamental para um momento como este e para o mandato. Hoje, reforço a importância de mantermos o OP para qualificarmos a Porto Alegre das nossas vidas. É nas divergências que construímos as convergências" - Prefeito Sebastião Melo.

A mesa de autoridades contou com a vice-prefeita Betina Worm, o secretário municipal de Governança Cidadã e Desenvolvimento Rural, Cássio Trogildo, e integrantes da coordenação do Conselho do OP. Também participaram delegações das cidades de Vila de Manhiça e Matola-Rio, em Moçambique, que desenvolvem experiências próprias de participação cidadã. A comitiva moçambicana foi composta pelos prefeitos Luís Jossias Munguambe (Vila de Manhiça) e Abdul Issufo (Matola-Rio), pelo diretor do OP de Matola-Rio, Denice Paulo Jamo, e pelos representantes da equipe técnica do OP de Matola-Rio, Alice da Fátima Nhaca e Zainadin Mundeguma.

Durante a abertura, o secretário Cássio Trogildo destacou a retomada do OP em 2025, em meio ao processo de reconstrução da Capital pós-enchente. Neste ano, o OP registrou o segundo maior público de sua história, com mais de 18 mil participantes nas plenárias. “O evento de hoje é a demonstração de que o OP não se resume às rodadas, mas a uma grande organização de controle social, que vem da base, do povo. A presença do prefeito em todas as plenárias deste ano representou respeito e consideração com o processo”, afirmou.

Em homenagem às conselheiras Daniela Labandeira (Região Centro-Sul) e Rosi Dias da Fonseca (Região Lomba do Pinheiro), falecidas este ano, o público aplaudiu em reconhecimento ao trabalho que desempenham nas comunidades.

Representantes das cidades moçambicanas reforçaram a relevância do modelo porto-alegrense. O prefeito de Vila de Manhiça, Luís Jossias Munguambe, ressaltou o papel do OP na reconstrução pós-pandemia e pós-enchente. Já o prefeito de Matola-Rio, Abdul Issufo, disse que levará para seu município um grande exemplo de participação democrática.

Reconstrução - Integrantes da coordenação do Conselho do OP também apresentaram suas avaliações, destacando a reconstrução da cidade após a enchente de 2024, o reconhecimento às lideranças históricas, a atuação fiscalizadora dos conselheiros e a parceria com subprefeituras e equipes técnicas.

A atividade encerrou-se com a entrega dos certificados aos conselheiros, seguida de almoço de confraternização e apresentações artísticas.

Criado em 1989, o Orçamento Participativo de Porto Alegre é reconhecido pela ONU como uma das 40 melhores práticas de gestão pública urbana no mundo e apontado pelo Banco Mundial como referência internacional em participação popular.