Cesar Lopes / PMPA

No último dia de agenda nos Países Baixos, o prefeito Sebastião Melo reuniu-se com a professora da Taneha Bacchin, coordenadora técnica do Plano Urbanístico Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável da Região das Ilhas do Guaíba pela Universidade de Tecnologia de Delft (TU Delft). Em reunião em Amsterdam, aprofundaram definições sobre as oficinas organizados para o final de março envolvendo as equipes da prefeitura e a comunidade local.

“O segredo desse processo é participação, envolvendo os diversos atores do processo. Nossa orientação é de transparência e envolvimento da comunidade e das lideranças locais, para ouvi-los nas suas diferentes necessidades e concepções e também informá-los do trabalho em desenvolvimento”, reforçou o prefeito Sebastião Melo, acompanhado na reunião pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, e pelo diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Bruno Vanuzzi.

Entre 27 e 29 de março, as oficinas públicas terão três momentos: governança e capacitação interna, e uma etapa técnico-científica, integrando técnicos holandeses e atores locais e, no terceiro dia, encontro com a comunidade (leitura comunitária), que está previsto para o sábado, 29 de março.

“O estudo trará como resultado aspectos práticos de intervenções a serem construídas para avançar em qualidade de vida e proteção. Vamos atuar com um grupo de trabalho local multidisciplinar com profissionais cuidando dos diferentes aspectos desse projeto humanitário. Agregaremos a experiência holandesa com a leitura dos agentes locais para atuar em sintonia com a realidade da comunidade, contextualizou Taneha.

Reconstrução - O projeto faz parte do programa de reconstrução Porto Alegre Forte da prefeitura e será desenvolvido em cooperação do Município com a TU Delft e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Sob a coordenação técnica da professora da Taneha Bacchin, serão 18 meses de trabalho organizado em seis etapas na área de conservação que abrange as ilhas da Pintada, Flores, Pavão, Grande dos Marinheiros e Mauá.

A estratégia irá considerar a adaptação às mudanças climáticas, a recuperação ambiental e a regularização fundiária, buscando garantir parâmetros de resiliência, mitigar riscos de enchentes e proporcionar melhores condições de vida para a populações.

Nesta primeira etapa que se inicia terá início o processo participativo e serão feitos diagnósticos e levantamentos técnicos para zoneamento preliminar das áreas de risco, identificação de áreas para reassentamento e definição de diretrizes para ocupação das áreas que permanecerão habitadas.

Produtos do Plano Urbanístico Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável:
- Plano Urbanístico e Ambiental
- Plano de Ação Emergencial
- Mapeamento de riscos e áreas de reassentamento
- Estudos climáticos e hidrológicos
- Propostas para habitações adaptáveis e recuperação ambiental
- Termos de referência para projetos executivos
- Plano de gestão de riscos e desastres
- Sistema de monitoramento contínuo

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