Mais da metade do orçamento municipal vai para 33 mil pessoas
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A máquina pública saudável é fundamental para que haja qualidade de vida aos habitantes, aqui e em qualquer lugar do mundo, e arrumá-la passou a ser pauta obrigatória. Em Porto Alegre, há uma distorção que precisa ser corrigida. Mais de R$ 3,5 bilhões, ou mais da metade do orçamento, é destinada para pagar os 33 mil servidores ativos e inativos do MunicÃpio, que têm aumentos automáticos. Com o restante, são atendidos 1,5 milhão de habitantes. A afirmação é do prefeito Nelson Marchezan Júnior e foi feita durante entrevista para o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, na manhã desta quarta-feira, 13.
"Temos dois projetos tramitando no Legislativo Municipal que corrigem injustiças (atualização da planta de valores do IPTU e outro que reestrutura algumas vantagens dos servidores). A despesa com pessoal é acima do que podemos pagar. No IPTU, temos pessoas em bairros pobres e desvalorizados ao longo dos anos que pagam muito mais imposto do que aqueles que estão em regiões que nos últimos 30 anos tiveram investimentos gigantescos, privados e públicos, que aumentaram muito o valor de seus imóveisâ€, disse Marchezan.
O prefeito fez uma comparação entre os bairros Iguatemi e Restinga. “A aprovação dos projetos permitirá que a prefeitura possa ajustar as contas. Precisamos fazer no MunicÃpio o que já foi feito no Estado e na União. Somos a única das 27 capitais que fecha no vermelho, que termina o ano devendo R$ 300 milhõesâ€, enfatizou.
Durante o programa, apresentado pelos jornalistas Oziris Marins e Sergio Stock, foram abordados temas como obras de mobilidade (obras da Copa), relação do Executivo com o sindicatos dos servidores do MunicÃpio, transporte público, Carris e Dmae. O prefeito esteve acompanhado, durante a entrevista, pelo secretário de Comunicação, Orestes de Andrade Jr.
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Matheus Beust