Joel Vargas/Arquivo PMPA

A prefeitura publicou, em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) dessa quinta-feira, 14, a retificação e a nova data do pregão para contratar controladores eletrônicos. A abertura das propostas e o início da disputa será às 10h do dia 6 de junho. O novo contrato garante a continuidade do serviço na Capital já que o antigo, com a empresa Perkons SA, termina em agosto, sem possibilidade de renovação. Os equipamentos a serem instalados, além de auxiliar para a segurança no trânsito, colaboram para a segurança pública, pois integram o sistema de cercamento eletrônico.  

Na Capital, há 74 pontos com controladores eletrônicos de velocidade, sendo 29 do tipo lombada eletrônica e 45 do tipo pardal. Das 115 faixas de tráfego hoje monitoradas por pardais, em 87% houve redução da acidentalidade e na velocidade média de tráfego na região abrangida pelos equipamentos. Com base nos resultados de redução do número de acidentes na região dos controladores já instalados e nos estudos técnicos realizados pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) periodicamente, foram elencados oito novos pontos para instalação de pardais, passando de 115 para 132 faixas monitoradas por esse tipo de equipamento de controle eletrônico de velocidade. “A conscientização dos condutores dos perigos do excesso de velocidade é fundamental para a redução das lesões e mortes no trânsito”, afirma o diretor de Operações da EPTC, Paulo Ramires. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de velocidade contribui para um em cada três acidentes de trânsito pelo mundo. Em Porto Alegre, a situação não é diferente, conforme dados da Comissão de Análise dos Acidentes com Vítimas Fatais do Programa Vida no Trânsito (PVT). De 2012 a 2019, a comissão analisou 778 acidentes que resultaram em 805 mortes e o principal fator risco identificado pela metodologia do PVT foi a velocidade excessiva ou inadequada, aparecendo em 33% dos casos.

Além disso, os acidentes de trânsito continuam sendo a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos e o desrespeito aos limites de velocidade estabelecidos pelas autoridades tem relevância nestes dados tão preocupantes, destaca Ramires. “Conduzir veículo em velocidade excessiva ou inadequada se constitui numa imprudência gravíssima, pois além da gravidade das lesões, ainda gera danos aos veículos e aos equipamentos urbanos”, destaca. 

A OMS tem incentivado que autoridades responsáveis pelo gerenciamento do trânsito adotem medidas de controle de velocidade, associada às ações educativas de mudança de comportamento para prevenção de lesões e mortes.