Recolhimento de resíduos pós-enchente ultrapassa as 216 mil toneladas

28/04/2025 11:56
Melissa Silveira Paz / DMLU / PMPA
Limpeza Urbana
Operação no último Bota-espera se encerrou neste sábado no bairro Sarandi

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) recolheu 216.614,66 toneladas de resíduos pós-enchente em Porto Alegre. O último Bota-espera - depósito para grandes entulhos - foi encerrado neste sábado, 26, próximo à avenida Severo Dullius, na rua Sérgio Jungblut Dieterich, 1201, bairro Sarandi, quando foram retirados pelas equipes 65.689,21 toneladas de Resíduos Sólidos do Desastre Natural (RSDN), gerados após os alagamentos de 2024.

O DMLU manteve o espaço aberto até dezembro de 2024, para facilitar o descarte correto e gradual de materiais pós-enchente pelos moradores das regiões impactadas. Já a operação de recolhimento, limpeza da área e transporte dos detritos iniciou em janeiro. Até 21 de março, foram destinadas 36.751,04 toneladas para o aterro de Santo Antônio da Patrulha. A partir do dia 25 do mesmo mês, os excedentes passaram a ser destinados ao aterro de Minas do Leão, que recebeu 28.938,17 toneladas.

O serviço foi executado pela empresa MCT Transportes, vencedora do chamamento público, conforme publicado no Diário Oficial de Porto Alegre. A empresa apresentou o menor preço, totalizando o investimento de R$ 3.834.271,17. O trabalho de remoção de entulhos das vias públicas da Capital foi finalizado em julho do ano passado. Na época, foram recolhidas mais de 92 mil toneladas de materiais.

De acordo com o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, os bota-espera foram essenciais para agilizar a operação. “A força-tarefa de limpeza, coordenada pelo departamento com o auxílio de diversas pastas municipais, mobilizou esforços extraordinários para acelerar a recuperação da cidade. Com essas centrais provisórias, conseguimos não apenas desobstruir as vias e preservar a saúde pública, mas também adotar uma abordagem sensível às famílias afetadas, que precisaram de tempo para resgatar e separar seus pertences antes do descarte definitivo dos materiais irrecuperáveis”, destaca Hundertmarker.

Bota-espera - Para garantir o depósito adequado do grande volume de entulhos, o DMLU operou com nove espaços temporários, chamados bota-espera. Estrategicamente localizados nas regiões mais atingidas, os pontos concentraram-se principalmente na Zona Norte. Os locais foram uma solução logística fundamental para agilizar o recolhimento dos resíduos pós-enchente. Ao longo da ação especial, os caminhões descarregavam as cargas nas centrais de triagem para posterior transporte em carretas de maior capacidade e destinação final nos aterros sanitários.

 

 

Melissa Paz (estagiária) | Supervisão: Andiara de Freitas da Silva

Lissandra Mendonça