Figueira que crescia no talude do Arroio Dilúvio é remanejada para área de preservação
Uma figueira que crescia no talude do Arroio Dilúvio, nas imediações do campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), foi remanejada nesta segunda-feira, 15, por equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O transplante contou com o auxílio de uma retroescavadeira, para preservar o sistema radicular da planta.
Após a retirada do canal de escoamento, a árvore foi transportada de caminhão até o Parque Natural Municipal Saint’Hilaire, no limite entre Porto Alegre e Viamão, e replantada em área pertencente ao Dmae – onde funcionou, até 2013, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Lomba do Sabão.
"Se permanecesse no local, a figueira poderia tombar para dentro do arroio com o crescimento. Com esta operação, evitamos danos ao talude e garantimos o desenvolvimento da árvore em um espaço mais adequado", explica o biólogo do Dmae, William de Togni.
A ação integra as obras de recuperação de pontos de fragilidade do talude e busca conciliar segurança estrutural com preservação ambiental. A figueira, espécie nativa do Estado, poderá se desenvolver plenamente em seu novo habitat.
Compensação - As intervenções do Dmae nas áreas de água, esgoto e drenagem podem envolver remanejo e compensação de vegetação. O órgão mantém diálogo constante com autoridades ambientais e conta com área de preservação próxima à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria, na Zona Sul.
Espécie - Conhecida cientificamente como Ficus cestrifolia, a figueira é uma árvore de grande porte, de troncos baixos, ramos longos e copa em formato de sombrinha. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), seu plantio é indicado para áreas de preservação permanente ou para paisagismo de grandes espaços.
Bianca Dilly