Porto Alegre confirma dez casos de monkeypox

12/08/2022 14:20

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta sexta-feira, 12, a transmissão comunitária da varíola causada pelo vírus monkeypox em Porto Alegre. A comprovação ocorreu após resultado positivo de exame PCR realizado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) em cinco pacientes sem histórico de viagem. A transmissão é considerada comunitária quando não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas, independentemente de terem ou não viajado para locais com comprovação de transmissão.

Porto Alegre tem hoje dez casos confirmados da doença - cinco com histórico de viagens e cinco sem -, 20 casos em investigação e outros 21 casos descartados. Somente um caso necessitou de hospitalização na Capital, e já se recuperou. O estado do Rio Grande do Sul possui 31 casos confirmados. No Brasil, são 2.584 casos confirmados e um óbito no estado de Minas Gerais de um paciente oncológico.

A prefeitura divulgou o Plano de Contingência Municipal da Varíola pelo Vírus Monkeypox. O documento descreve ações de atenção e vigilância em saúde, em todos os níveis de complexidade, para prevenção e enfrentamento da doença. A diretoria de Vigilância em Saúde enfatiza a profissionais que, no atendimento a casos suspeitos, realizem a notificação de casos que pertençam a grupos de risco - crianças menores de oito anos, gestantes e pessoas imunossuprimidas - à vigilância epidemiológica, pelos telefones 3289-2471 ou 3289-2472, de segunda a sexta, das 9h às 17h, ou durante as 24 horas do dia pelo celular de plantão (número conhecido dos serviços notificadores). Todos os demais casos devem ser notificados via link do Ministério da Saúde informado no Alerta Epidemiológico.

O principal sintoma é a erupção cutânea, mas as pessoas também podem apresentar febre, calafrios e linfadenopatia - inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço. Pessoas que apresentem tais sintomas devem procurar atendimento médico para avaliação do caso e acesso a orientações.

Os pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox devem ser orientados quanto ao isolamento domiciliar e a não compartilhar objetos com outras pessoas, ainda que residam em um mesmo domicílio. O período de incubação é de seis a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Além dos cuidados com o contato, também é indicada a precaução contra gotículas respiratórias, por meio do uso de máscaras adequadas.

Patrícia Coelho

Gilmar Martins