Saúde confirma 2.940 casos de dengue na Capital em 2024

29/04/2024 17:24

Porto Alegre tem 2.940 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 27 de abril. Do total, 2.625 foram contraídos na cidade (autóctones), 211 são importados (infecção fora da cidade) e 104 têm local de infecção indeterminado. O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alcança 23.834 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 4.745 notificações e 2.708 casos confirmados. Os números são parciais e estão sujeitos à revisão.

Até o momento, houve três óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: dois do sexo feminino, faixa etária de 31 a 40 anos, e outro do sexo masculino, faixa etária de 71 a 80 anos. Em relação à faixa etária e sexo dos casos confirmados, 16,7% (491) têm entre 31 a 40 anos e 53,5% (1.572) são do sexo feminino. Os principais sintomas relatados - desde as primeiras confirmações de casos - são febre, mialgia (dor no corpo) e cefaleia (dor de cabeça), seguido por náuseas. 

Os dados estão no boletim epidemiológico publicado nesta segunda-feira, 29, pela Diretoria de Vigilância em Saúde da SMS. O levantamento apresenta informações cumulativas até a semana epidemiológica 17 de 2024 (dados cumulativos, até 27 de abril, atualizados em 29 de abril).

Bairros - Em relação à distribuição dos casos pela cidade, 17 bairros têm incidência acumulada de mais de 300 casos por 100 mil habitantes: São João, São Geraldo, Higienópolis, Jardim do Salso, Agronomia, Teresópolis, Bom Jesus, Santa Cecília, Glória, Rio Branco, Pedra Redonda, Restinga, Tristeza, Auxiliadora, Vila Jardim, Ipanema e Floresta. Ao todo, casos de dengue foram registrados em 93 dos 94 bairros até a SE 17, evidenciando a necessidade de manter e reforçar a atuação sobre os reservatórios de mosquitos em cada região.

“Lixo reciclável/seco e plantas expostos às chuvas e ao acúmulo de água, bem como os depósitos fixos, como ralos, caixas d’água não vedadas e piscinas não tratadas são os principais tipos de criadouros responsáveis pelos altos níveis de infestação de mosquitos em todas as regiões com casos de dengue na cidade”, destaca o documento. A incidência equivale ao número de casos por 100 mil habitantes - por isso, um bairro com população menor, mesmo com baixo número de casos, pode ser considerado de alta incidência. O boletim apresenta mapa de incidência para ilustrar a presença da dengue na cidade. 

O Boletim Epidemiológico é uma publicação prevista no Plano de Contingência da Dengue, Zika e Chikungunya da SMS. Em relação à infestação vetorial, o levantamento da semana 17 registrou índice crítico, com alta ou muito alta infestação em 45 bairros monitorados com armadilhas (o monitoramento é feito em 46 bairros inteiros e em parte da Restinga). Acompanhe aqui a situação dos bairros. 

Mais informações sobre a dengue e a infestação do mosquito Aedes aegypti em Porto Alegre estão no endereço www.ondeestaoaedes.com.br.

 

Patrícia Coelho

Gilmar Martins

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