Ministério da Saúde atualiza critérios para vacinação de bebês e crianças contra Covid-19

14/12/2022 12:00
Cristine Rochol/PMPA
SMS
Esquema primário prevê a aplicação de três doses

O Ministério da Saúde atualizou nesta semana a lista de comorbidades para garantir a vacinação contra Covid-19 para bebês entre seis meses e crianças menores de três anos (2 anos, 11 meses e 29 dias). Em Nota Técnica, o MS destaca que a atualização considera as condições de saúde que levam ao comprometimento do sistema imunológico em crianças desta faixa etária. A imunização é feita com a vacina Pfizer Baby e o esquema primário prevê a aplicação de três doses, sendo que as duas primeiras doses devem ter intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda, e a terceira dose aplicada oito semanas após a administração da segunda dose.

A vacinação contra covid-19 poderá ser realizada de forma concomitante a outras vacinas ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais. Crianças a partir de 3 anos completos já têm indicação de iniciar o esquema vacinal com o imunizante CoronaVac. 

A comprovação de comorbidade das crianças e bebês é necessária e poderá ser feita com apresentação de laudos, declarações, prescrições médicas ou relatórios médicos com descritivo ou CID da doença ou condição de saúde, assinado e carimbado, em versão original.

As comorbidades
- Doença pulmonar crônica (incluindo asma grave, fibrose cística, displasia broncopulmonar, e discinesia ciliar)
- Doenças cardiovasculares
- Desordens neurológicas e distrofias musculares
- Doença renal crônica
- Doença hepática crônica
- Asplenia ou disfunção esplênica, incluindo esferocitose, doença falciforme, talassemia major
- Doenças auto-imunes
- Prematuridade
- Anomalias de vias aéreas
- Síndrome de Down e outras síndromes genéticas bem definidas
- Diabetes Mellitus tipo 1
- Obesidade (Score-Z acima de +2)
Crianças imunocomprometidas:
- Transplantadas de células tronco hematopoiéticas (TCTH)
- Transplantadas de órgãos sólidos
- Em tratamento de câncer
- Crianças vivendo com HIV/Aids ou expostas ao vírus HIV
- Crianças com Erros Inatos da Imunidade (EII)
- Crianças em uso de drogas imunossupressoras (incluindo metotrexate, azatioprina, 6-mercaptopurina, micofenolato, assim como corticosteroides, imunobiológicos e agentes alvo para doenças autoimunes).

Patrícia Coelho

Andrea Brasil